quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Artigo: Os Malefícios da Globalização

A Globalização deu seus primeiros passos com a Revolução Industrial. Tornou-se mais abrangente na década de 70, ganhando proporções grandiosas nas décadas seguintes. Uma das conquistas advindas da Globalização foi a “Comunicação rápida, sem fronteiras, com o surgimento da Internet”.
Hoje, vive-se uma era em que a sinergia da informação é algo instantâneo. Para que se possa melhor ilustrar, no Brasil, uma construtora, apostou em uma campanha de venda pela internet. A Tecnisa conseguiu vender um apartamento pelo Twitter, pois todas as informações sobre o empreendimento estavam postadas online. Um fato inédito, tornando-se um case de sucesso.
Uma década atrás, isso era algo impensável. Normalmente, qualquer cidadão que desejava adquirir um imóvel, iria até o stand da construtora ver a planta do apartamento para, após muito pensar, decidir pela compra.
Segundo Cristiana Gomes “Não podemos negar que a globalização facilita a vida das pessoas, por exemplo, o consumidor foi beneficiado, pois podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade, porém ela também pode dificultar. Uma das grandes desvantagens da globalização é o desemprego. Muitas empresas aprenderam a produzir mais com menos gente, e para tal feito elas usavam novas tecnologias fazendo com que o trabalhador perdesse espaço”.
Entretanto, como qualquer inovação, esta traz seus efeitos negativos: grandes desigualdades sociais, exclusão social, alto grau de desemprego, desencadeando um grande endividamento pessoal, consumo desenfreado, a falta de preparo no descarte do lixo doméstico, criando assim, uma tragédia eminente no meio ambiente.
Dos fatos negativos acima, gerados pela Globalização, pode-se dizer que existe um elo inflexível entre eles. Tudo começa com a exclusão social, já que o processo de Globalização não foi algo difundido de maneira igualitária entre as nações.
Conforme o professor ( Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Donaldo Bello Souza,“Em média, cerca de 800 milhões de pessoas têm fome diariamente e de nada dispõem para comer; 1.500 milhões não possuem acesso a tratamento médico básico; 1.750 milhões não sabem o que é água potável; 14 milhões de crianças morrem anualmente antes de atingirem 5 anos de idade sendo, 3 milhões por doenças imunizáveis; cerca de 150 milhões de crianças com menos de 5 anos experimentam a desgraça da subnutrição que as condenam, de uma forma ou de outra, a uma morte social e biológica. Na área de educação os números também não ficam para atrás: praticamente 900 milhões de adultos não sabem ler e escrever no Terceiro Mundo”
Se hoje há grandes níveis de desemprego, consumindo a Europa e outros países, é obvio que haja endividamento da população em larga escala. Os países mais ricos, com as maiores fontes de recursos financeiros, ditaram o modismo do consumo desenfreado, sendo copiados, mais tarde, pelos países emergentes. Os países pobres, não se enquadram nessa condição já que as suas necessidades básicas não são atendidas. Este comportamento irracional, voltado para o consumo, faz com que o lixo doméstico cresça de maneira gigantesca, onde o meio ambiente é vítima natural, fazendo com que os recursos minerais se tornem cada vez mais escassos.
Antigamente, as discussões eram apenas focadas em poluição local e a curta distância. Hoje, este tema é mais complexo e alcança até mesmo uma dimensão planetária, como o efeito estufa e as mudanças climáticas. Por ser um assunto polêmico, este vem sendo discutido internacionalmente.
Entretanto, com a Eco 92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, houve de certa forma, um alerta para as modificações decorrentes da Globalização, visando o desenvolvimento sustentável.
Impagável é a palavra que melhor transcreve o panorama caótico vivenciado nos últimos anos pela humanidade. Pouco se fez em prol do meio ambiente. Catástrofes naturais são cada dia mais notórias. Não há uma ação pró ativa para remediar tais impactos.
Resta o consolo de que, enquanto houver iniciativas para a conscientização dos impactos oriundos da Globalização, haverá um sopro de esperança para as gerações futuras.

Andreza Bertoldo, Luciane Ap. Silva Lira, Tatiane Ferrari e Michele Carvalho, são alunas de Pós Graduação em Assessoria Executiva e membros do Grupo de Estudos de Comércio Exterior do Unifieo - GECEU.


Fonte: http://www.webdiario.com.br/?din=view_noticias&id=59654&search

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