terça-feira, 31 de maio de 2011

Artigo: Fbrica dinamarquesa de tubos flexveis vem atender a Petrobras

31/05/11 - 00:00 > PETROLEO E GAS

São Paulo - O grupo industrial dinamarquês NKT Flexibles assinou contrato de fornecimento de 694 quilômetros de tubos flexíveis com a Petrobras. O negócio está estimado em US$ 1,86 bilhão e é válido para o período de 2012 a 2015. O acordo prevê que o fornecimento será realizado, nos dois primeiros anos, com a importação desses tubos. Já a partir de 2013 a produção da NKT será nacionalizada, com uma fábrica que será construída no Brasil. Esta será a terceira empresa deste ramo a se instalar no Brasil e representará de 25% a 30% de toda a produção local desse tipo de produto para atender a demanda da estatal quanto à produção de petróleo e gás em águas ultraprofundas.Ainda ontem, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a companhia continua buscando reduções de custos na exploração e desenvolvimento das áreas do pré-sal. O diretor explicou que os preços dos poços caíram cerca de 50% desde 2006. No entanto, ele afirmou que a velocidade dessa redução dever reduzir-se nos próximos anos.
O plano de exploração do pré-sal na Bacia de Santos foi revisado há um mês pela companhia. O valor previsto para investimentos ficou em US$ 73 bilhões até 2015, redução de 45% ante o plano original, de 2008.
Fonte:

Artigo: Alta no algodão encarece o vestuário em até 30%

31/05/2011 - 07h15
DE SÃO PAULO

Com a alta histórica no preço do algodão, a coleção de roupas Verão 2012, exibida a partir desta semana nas passarelas do Fashion Rio, começa a chegar às lojas em agosto com preços entre 10% e 20% maiores do que a do ano passado, informa Claudia Rolli, em reportagem na Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível para assinantes do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha, e do jornal).
Na Cotton de Fadas, da designer Cristina Daher, os preços de algumas peças foram reajustados em até 30%.
Seis em cada dez peças fabricadas pelas empresas têxteis brasileiras são feitas de algodão ou têm, em maior parte, essa matéria-prima em sua composição.
Pressionadas pelo custo do algodão --que chegou a subir 248% no mercado entre 30 de setembro de 2009 a 15 de março deste ano, e 48% nos últimos 12 meses--, confecções de pequeno a grande porte do país reajustam os preços pela segunda vez com a nova coleção.
Parte delas já havia repassado o custo da matéria-prima para a coleção de inverno. As peças dessa temporada ficaram, em média, 15% a 18% mais caras do que as da mesma coleção em 2010.
"A indústria têxtil repassa somente em parte o custo da matéria-prima e carrega em parte esse custo. A coleção de inverno foi produzida com o algodão no pico de seu custo. E a de verão foi negociada com os preços ainda elevados", diz Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Abit, associação que reúne a indústria têxtil e de confecção.
O aumento das importações de produtos têxteis --em sua maior parte da China-- é uma das maiores preocupações do setor, segundo a entidade.
Leia a reportagem completa na Folha desta terça-feira.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

CONVITE: DOUTORADO EM POLÍTICA INTERNACIONAL

Artigo: Dilma visita Uruguai entre temores de dependência ao Brasil

30/05/2011 - 04h51

DA BBC BRASIL
Depois de quatro adiamentos, a presidente Dilma Rousseff desembarca nesta segunda-feira no Uruguai. A chegada da mandatária à capital do país está prevista para as 11h30.
A estada de cinco horas está sendo aguardada com expectativa especialmente por parte do empresariado local --preocupado com a inclusão, por parte do Brasil, de produtos uruguaios no sistema de licenças não automáticas de importação-- e será acompanhada com atenção por toda a sociedade do país, já que o Brasil é hoje o principal mercado das exportações nacionais e também o principal fornecedor de produtos ao Uruguai.
Segundo o governo brasileiro, em 2010 o intercâmbio bilateral ultrapassou os US$ 3 bilhões, o que representou um aumento de 19,4% em relação ao ano anterior e uma relação comercial equilibrada, com aproximadamente o mesmo valor de US$ 1,5 bilhão tanto de exportações para o Uruguai quanto de importações oriundas do país vizinho.
Os primeiros eventos oficiais de Dilma serão uma visita ao Laboratório Tecnológico do Uruguai, ao meio-dia, e na sequência uma reunião com o presidente José "Pepe" Mujica. Às 14h15, participa de almoço oferecido pelo uruguaio e, duas horas depois, embarca de volta a Brasília.
Durante a visita, Dilma discutirá várias iniciativas que visam reduzir a insatisfação entre alguns setores da população uruguaia com a ofensiva de empresários brasileiros no mercado local nos últimos anos e o crescente atrelamento do Uruguai à economia verde-amarela, um fenômeno que já foi apelidado de "Brasil-dependência".
Sobre a mesa de reuniões estarão temas como a integração entre o norte do Uruguai e o sul do Rio Grande do Sul, com a construção de uma nova ponte sobre rio Jaguarão, a implantação de uma hidrovia entre os dois países, a reativação de uma linha férrea entre Livramento e Cacequi e a construção de uma linha elétrica que una os dois países, iniciativas que, segundo o Itamaraty, receberão "atenção prioritária" por parte dos mandatários.
Outro setor a ser dinamizado será a cooperação em tecnologia e inovação. Entre os projetos incluídos nos acordos e memorandos de entendimento a serem assinados está a instalação de laboratórios de conteúdos de TV digital e aplicações interativas no Uruguai.
Nesse aspecto, a visita será pautada por uma decisão de Mujica no ano passado, quando ele anulou decisão de seu antecessor, Tabaré Vázquez, e optou pelo sistema nipo-brasileiro de TV digital.
Segundo uma fonte do Itamaraty, o governo brasileiro pretende manifestar seu apreço pela decisão do vizinho por meio de cooperação também nas áreas de saúde, segurança, ciência e educação.
O comércio de arroz é outro tema que deverá pautar o encontro entre Dilma e Mujica. Nas últimas semanas, produtores do grão fecharam ponte que liga o Rio Grande do Sul à Argentina para protestar contra o ingresso do produto de países do Mercosul, o que, segundo eles, está barateando excessivamente o arroz nacional.
O Brasil tenta negociar com o Uruguai a venda de parte do excedente do arroz uruguaio para países de fora do Mercosul, a fim de proteger os produtores brasileiros.
A chegada de Dilma Rouseff ao Uruguai marca ainda o reencontro da mandatária com uma parte de seu passado. Além de compartilhar com Mujica o fato de haver combatido a ditadura militar a partir de movimentos de esquerda - o presidente uruguaio foi um dos líderes da organização guerrilheira Tupamaros -, a presidente esteve no Uruguai para receber um "treinamento de inteligência", segundo comentou.
Em entrevista publicada pela Folha no ano passado, Dilma contou um pouco como eram os exercícios praticados no país de Mujica.
"Geralmente a gente fazia numa fazenda. Era mais seguro fazer na fronteira. Ia pouca gente. Na minha vez foram cinco ou seis pessoas. Nunca tive pontaria, mas pegava bem. Era uma ótima limpadora. O meu treinamento foi muito simplório. Não se atirava muito. Montava-se e desmontava-se [armas]. Também [havia treinamento] de segurança. Você olha como é que faz para não ser seguido."
Talvez por conta desse histórico comum, o presidente uruguaio tenha declarado à BBC Brasil, também em 2010, que estava gostando "das mulheres no poder", quando perguntado sobre as eleições presidenciais brasileiras que aconteceriam em outubro. Agora vitoriosa, a preferida de Mujica volta ao Uruguai.
colaborou João Fellet


Artigo enviada por Walison Mendes, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

terça-feira, 24 de maio de 2011

Artigo: China recorre contra decisão da OMC sobre exportação de pneus aos EUA

EUA está utilizando tarifas punitivas de impostas sobre as importações de pneus chineses
24 de maio de 2011 | 14h 14

Renato Martins, da Agência Estado

GENEBRA - A China entrou com um recurso contra a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) de rejeitar sua reclamação contra as tarifas punitivas impostas pelos EUA sobre as importações de pneus chineses. Em dezembro passado, o Corpo de Solução de

Disputas da OMC decidiu que os EUA estavam no direito de invocar, em 2009, uma cláusula de salvaguarda do acordo de acesso da China à organização que permitia a cobrança de tarifas punitivas sobre pneus chineses por três anos.
Os árbitros da OMC decidiram que a China "não estabeleceu claramente que a medida sobre os pneus excede o período de tempo necessário para prevenir ou remediar os danos ao mercado".
Os EUA terão um prazo de dez dias para entrar com um contra-recurso. As informações são da Dow Jones. 
Artigo enviada por Tiago Avelino, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Artigo: Governo Dilma: uma no cravo, outra na ferradura!

Antônio Carlos Roxo (*) e Marcus Eduardo de Oliveira (**)

É natural que um governo novo, resultado de ampla coalizão político-partidária que o levou ao poder, no qual se misturou “alhos com bugalhos”, tenha em suas ações, nesses primeiros meses de administração, algumas contradições; na verdade, graves contradições, diríamos nós. Afinal, em termos de posições contrárias, não se junta impunemente numa mesma sala figuras como Sarney, J. Barbalho, Collor, e outros menos conhecidos que agora têm a “ilustre” presença de Kassab e companhia.

O fato é que o governo Dilma logo em seu início se posicionou em termos de mudança de postura com respeito à questão dos Direitos Humanos; a condenação veemente ao apedrejamento de mulheres, ilustrativo, por sinal, foi um avanço, e também uma negação de que as posições de um país, nesta e em outras questões, tem de ser pautada pelo cinismo cimentado nos interesses corporativos. Sem dúvida, um avanço em relação aos governos anteriores.

Em seguida, ensaiou-se uma mudança ainda mais significativa para os nossos olhos enviesados de economistas, tão acostumados ao receituário tradicional, ao encarar-se o combate à inflação com outras ferramentas que não o suspeitíssimo expediente clássico de aumentar a taxa básica de juros. Pontualmente, firmava-se assim uma posição heterodoxa em termos de se fazer políticas econômicas mais ousadas, longe, portanto, do tradicionalismo acadêmico.

Com isso, passou-se a tentar “ganhar” a opinião pública (Leia-se: o mercado!) com anúncios de medidas prudenciais que atacassem de outro modo ao aumento dos preços, inclusive procurando-se de forma efetiva diminuir o consumo (demanda agregada) via restrição ao crédito, que não fossem simplesmente a aplicação das receitas conservadoras sopradas pelo “deus-mercado”.

Dentro da tentativa de implementação de uma nova visão em termos específicos de política monetária, o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as aplicações estrangeiras de cunho especulativo, embora com tibieza dado o gigantismo do problema, indicava a disposição de não usar, como até então, a valorização do câmbio, isto é, do Real, como um dos principais instrumentos no combate à inflação à custa da perda acentuada da competitividade do setor industrial, a duras penas constituído pelo país. Até mesmo porque o outro nome disso chama-se desindustrialização.

Entretanto, na hora do “vamos ver”, a reação do mercado, de seus áulicos ao levantar um pouco mais a voz na grande imprensa conservadora, tão coesa e repetitiva em seus argumentos de defesa dos juros escorchantes e da livre movimentação de capitais, transformada em verdade científica mais uma vez, desabou em “seu canto de sereia”.

Assim, aproveita-se do momento para retomar novo mote para embates futuros que garanta, na essência do problema, juros estratosféricos por mais tempo, ao se afirmar que um dos problemas da inflação é que as metas inflacionárias (4,5% ao ano) estão estabelecidas em patamar alto demais por período de tempo muito prolongado. Resultado: o Banco Central, dentro de seu conservadorismo peculiar, sucumbiu e divulgou nota, para atender o “mercado”, atestando que permanecerão os “juros altos por um período de tempo suficientemente prolongado”.

Ora, com isso, dança-se conforme a música e voa-se para onde o vento soprar. O problema é que nem sempre esse vento conduz a um porto seguro. Tempestades costumam derrubar navios, e políticas econômicas, mal desenhadas, costumam aumentar a taxa de desemprego e enfraquecer o poder de compra da população. As pesquisas de opinião pública, em breve, quando aferirem novamente a popularidade da presidenta Dilma poderão fornecer dados mais abalizados sobre isso. O tempo dirá!

(*) Antonio Carlos Roxo é economista, com doutorado pela USP. Professor do UNIFIEO e coordenador do curso de Comércio Exterior e Negócios Internacionais da mesma instituição. Fundador e membro do GECEU – Grupo de Estudos de Comércio Exterior do UNIFIEO - e-mail roxo@unifieo.br

(**) Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO. Mestre pela USP e membro do GECEU – Grupo de Estudos de Comércio Exterior do UNIFIEO.
e-mail - prof.marcuseduardo@bol.com.br


terça-feira, 10 de maio de 2011

Artigo: Sobem as barreiras para o Brasil exportar

10/05/11 - 00:00 > POLÍTICA ECONÔMICA
São Paulo - Apesar das projeções de um superávit comercial melhor que o esperado ao fim do ano passado, o Brasil tem alguns desafios a enfrentar para evitar um déficit nos próximos três anos. Hoje a União Europeia anuncia uma proposta para acabar com os privilégios comerciais concedidos ao Brasil, antes considerado um país subdesenvolvido. Agora que o País está perto de se tornar a quinta maior economia do planeta, os europeus acreditam que o benefício não faz mais sentido.

Além dos possíveis efeitos que podem ter nas exportações medidas como essa, que podem ser tomadas também por Estados Unidos e Japão, o próprio mercado interno está cada vez mais dependente das
importações, o que pode piorar ainda mais o resultado da balança comercial no médio prazo. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o aproveitamento da expansão de 4% no consumo aparente do Brasil é resultado de 64,1% das importações e 35,9% da produção nacional. Ou seja, de tudo o que é consumido hoje no País, mais de 60% é proveniente do exterior. Mais alarmante é o caso do setor de máquinas e equipamentos para fins comerciais e industriais, cuja demanda, na mesma análise temporal, ampliou-se em 18,5%, e tiveram 82,4% do aproveitamento suprido por empresas do exterior, frente a 17,6% da indústria brasileira.

Segundo o diretor do departamento de comércio exterior da Fiesp, Roberto Giannetti, a balança comercial de produtos manufaturados, deve encerrar este ano com déficit de US$ 100 bilhões, proveniente de
exportações em US$ 89,3 bilhões e importações de US$ 187 bilhões em 2011.

Na primeira semana de maio, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 969 milhões na primeira semana de maio, segundo o Mdic.


Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=373014&editoria=

Artigo: Argentina aumenta barreiras comerciais contra o Brasil

09 de maio de 2011 | 11h 02
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O governo da presidente Cristina Kirchner aplica uma saraivada de medidas protecionistas que restringem ou atrasam a entrada de produtos brasileiros no mercado argentino. Segundo a consultoria portenha Abeceb, do total de exportações realizadas pelo Brasil para a Argentina, 23,9% são alvo de barreiras - quase um quarto do total das vendas.
A proporção indica um salto em relação ao ano passado, quando as medidas protecionistas atingiam 13,5% dos produtos Made in Brazil destinados à Argentina. Assustado com o crescente superávit comercial brasileiro, o governo Kirchner costuma argumentar que as medidas protegem a indústria nacional das "assimetrias". De janeiro a abril, o Brasil acumula saldo positivo de US$ 1,33 bilhão com a Argentina. A previsão da consultoria Abeceb é que o superávit chegue a US$ 6,5 bilhões este ano.
Nos últimos 12 meses, o governo argentino dificultou a entrada de eletrodomésticos, chocolates e máquinas agrícolas; aplicou valores critério (preço mínimo) para a importação de bidês e vasos sanitários; e tomou medidas adicionais de segurança para brinquedos. Já constavam da lista de restrições de anos anteriores autopeças, material de transporte, calçados e toalhas. De quebra, pairam ameaças sobre as vendas de carne suína.
A situação preocupa o Brasil, que estuda uma retaliação para breve. Segundo fontes do governo, "não adianta conversar com os argentinos". O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, esteve em Buenos Aires em fevereiro e voltou com o compromisso de que os produtos brasileiros seriam excluídos das barreiras. Mas as promessas não foram cumpridas, o que irritou um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Artigo enviado por Roberta Ferreira, administradora, com registro nº 119.527 no CRA-SP, responsável pelo blog sobre dúvidas universitárias http://robertaferreira.wordpress.com/ é ex-aluna de Comércio Exterior e membro associado do Grupo de Estudos de Comércio Exterior do Unifieo – Geceu.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Artigo: Imposto já espanta exportador do Brasil

05/05/11 - 00:00

Karina Nappi

São Paulo - Empresas brasileiras fecham suas portas ou saem do País frente aos complexos e caros impostos a recolher. De acordo com o ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) Welber Barral, alguns setores, como o de calçados, mudaram seu endereço.

"Alguns setores, como o calçadista, estão migrando para países como Argentina e Chile para conseguirem competir com os preços internacionais de suas mercadorias, inclusive dentro do Brasil. Outros setores, porém, que necessitam obrigatoriamente de matéria-prima brasileira não podem fazer o mesmo e muitas vezes fecham suas portas", argumentou Barral, em seminário realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Michael Lehmann, gerente-executivo de contabilidade e impostos da Volkswagem no Brasil, confirma essa tendência ao afirmar que a multinacional alemã paga entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões ao ano somente de impostos.

"Os nossos produtos ficam mais caros por conta dos impostos embutidos no preço final. Para nós isso é prejudicial, mas é pior ainda para o bolso do consumidor, que paga uma taxa maior, pois repassamos essa cobrança", declarou. Entre uma e outra piada sobre a situação tributária brasileira, Lehmann criticou o governo pelo fato de o Brasil não se enquadrar no modelo global de cobrança de impostos e não fazer parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (Ocde).

Outro ponto abordado durante o evento foi a bitributação na entrada e saída de produtos no País. Segundo o diretor de Controladoria da Embraer, Rodrigo Rosa, os lucros provenientes das filiais da multinacional brasileira no exterior, que já tem dedução de impostos nos países situados, são novamente descontados quando são encaminhados para a matriz.

"Os lucros das empresas brasileiras que têm filiais no exterior são novamente tributados quando voltam ao Brasil, fato que diminui o tamanho da folha de pagamentos, ou seja, é uma barreira para a contratação de novos funcionários, além de ser um freio para a expansão da empresa no seu próprio País", frisa.

Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=372439&editoria=

Matéria enviada por Tiago Avelino, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Artigo: Brasil revê exportação para 2011 em alta

04/05/11, 01:01
OJE
O governo brasileiro reviu em alta as previsões de exportações para este ano, depois do superavit da balança comercial ter atingido em Abril o valor mais alto deste ano, refere a agência de informação Bloomberg.
O excedente subiu para 1,86 mil milhões de dólares (1,25 mil milhões de euros) no mês passado, face aos 1,55 mil milhões de dólares (1,04 mil milhões de euros) reportados em Março, indicou o Ministério do Comércio no seu sítio na Internet. Em Abril do ano passado, o superavit alcançou 1,3 mil milhões de dólares (877,3 milhões de euros).
O ministro do Comércio, Fernando Pimentel, indicou que as exportações brasileiras vão ascender a 245 mil milhões de dólares (165,3 mil milhões de euros) este ano, um valor que compara com os 229 mil milhões de dólares (154,5 mil milhões de euros) estimados anteriormente, com o aumento da procura de "commodities".
As exportações brasileiras subiram 33% em Abril face ao mesmo mês do ano anterior, para 20,2 mil milhões de dólares (13,6 mil milhões de euros), enquanto as importações aumentaram 32% para 18,3 mil milhões de dólares (12,3 mil milhões de euros).
Matéria enviada por Monica Vieira, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

Artigo: Walmart anuncia investimento de R$ 1,2 bilhão no Brasil em 2011

ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA

O Walmart investirá R$ 1,2 bilhão no Brasil em 2011. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo presidente da rede varejista, Marcos Samaha. Segundo ele, nos últimos cinco anos foram investidos R$ 6 bilhões no país e foram abertas 177 lojas.
"O Brasil é um mercado extremamente estratégico para o Walmart. Com a estabilidade econômica dos últimos anos, a empresa vê um excelente potencial de crescimento", afirmou Samaha.

A empresa, que atualmente está em 18 Estados do Brasil, vai abrir 80 novas lojas esse ano. De acordo com Samaha, elas serão abertas em nos lugares onde o Walmart já está presente. A rede não vai para nenhum novo estado do Brasil.
Segundo Samaha, essas 80 lojas vão gerar empregos 20 mil empregos indiretos -- na construção das lojas -- e sete mil empregos diretos. Todos eles serão com carteira assinada. O Walmart emprega atualmente cerca de 25 mil pessoas.

A companhia, que faturou R$ 22,3 bilhões em 2010, opera com nove bandeiras, tem 438 unidades e 87 mil funcionários. Em 2010, o Walmart abriu 45 novas lojas e gerou 6 mil postos de trabalho.

A rede é a terceira maior do setor-- atrás do Grupo Pão de Açúcar e Carrefour -- e fechou o ano passado com 11,1% de participação do mercado.

terça-feira, 3 de maio de 2011

VISITA AO PORTO DE SANTOS

Pessoal, boa tarde.

Preciso montar a lista de interessados para a visita ao Porto de Santos, coordenada pelo professor Sérgio Dias.

Aos interessandos, favor encaminhar um email para: comex.unifieo@gmail.com com nome completo e RG.

Obs.: As vagas são limitadas e peço a gentileza que só envie email quem tem 100% de certeza que vai para não prejudicar o outro colega.

Favor encaminhar o email até 08/05/2011, impreterivelmente. A data do sorteio será definida posteriormente e avisada à todos.

Atenciosamente.

Rodrigo e Waldemar.

Artigo: Petrobras importará mais 1 mi barris de gasolina

terça-feira, 3 de maio de 2011 17:31 BRT

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras importará em maio mais 1 milhão de barris de gasolina para garantir o abastecimento no aquecido mercado interno, disse o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, nesta terça-feira.
A estatal já importou 1,5 milhão de barris em abril. Com o novo carregamento, segundo Costa, o volume total importado será suficiente para seis dias de consumo, já que atualmente o Brasil demanda 400 mil barris por dia.
"A importação é mais para ter um estoque de segurança. Podemos ter aumento no consumo de gasolina, mas a gasolina não vai faltar", disse o diretor a jornalistas após assinatura de um contrato para fornecimento de água reutilizada para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
"Esse volume de 2,5 milhões de barris não significa nada em comparação ao nosso consumo diário de cerca de 400 mil barris", acrescentou.
Costa disse ainda que as refinarias estão operando a plena capacidade para atender a forte procura, produzindo entre 380 a 400 mil barris por dia de gasolina.
De acordo com o diretor, não apenas o consumo de gasolina está aquecido, mas também o de outros derivados vendidos pela empresa.
No primeiro trimestre, o consumo médio de derivados líquidos vendidos pela estatal cresceu 4,5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
Ele disse no entanto que, com a entrada da produção de etanol da nova safra, o consumo de gasolina poderá recuar nos próximos meses. "Tudo leva a crer que vamos ter mais consumo de etanol com a entrada da safra."
O consumo de gasolina cresceu nos últimos meses após o etanol ter ficado menos competitivo do que o combustível fóssil, durante a entressafra de cana no centro-sul do Brasil.
Nas usinas, o preço do etanol anidro (misturado à gasolina) finalmente recuou na última semana no Estado de São Paulo, o principal produtor de cana do Brasil.
PREÇOS
O diretor afirmou que a empresa mantém a sua política de reajuste dos preços de combustíveis no Brasil, apesar da alta nas cotações internacionais.
"Continuamos analisando dentro da política de longo prazo", disse Costa, sobre um possível reajuste da gasolina.
A Petrobras busca não trazer a volatilidade do mercado internacional para o mercado interno.
Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que, se a Petrobras for obrigada a aumentar os preços dos combustíveis, em meio a cotações mais altas no mercado internacional, o governo utilizará a estratégia de reduzir a Cide (imposto incidente sobre comercialização) para que não haja aumento para o consumidor.
(Reportagem de Denise Luna)
© Thomson Reuters 2011 All rights reserved.

Artigo: Consórcios de exportação

Roberta Ferreira

Exportar é uma atividade que pode trazer muitos benefícios às empresas, tais como: redução de instabilidade e sazonalidade de mercado, ganho de economia de escala, plena utilização das instalações empresariais, importação de tecnologia oculta através das especificações feitas pelo comprador, ganho de prestígio, prolongamento do ciclo de vida útil do produto, entre outros. Entretanto, esta é uma tarefa árdua que envolve burocracia e altos custos. Além do mais, o Brasil é um país com cultura exportadora frágil, fruto de uma inserção tardia e sem planejamento no comércio exterior.

As micro e pequenas empresas brasileiras, inseridas neste contexto, encontram ainda maiores empecilhos à exportação, devido a dificuldades estruturais próprias destas empresas, como falta de recursos, dificuldade de divulgação do produto, baixa escala de produção, falta de know-how.

Porém, agindo em conjunto com outras empresas, através de consórcios de exportação, esses problemas podem ser diluídos.

O consórcio pode ser descrito como a união de empresas com objetivos comuns, estabelecida juridicamente através de contrato, para realização de um empreendimento superior à capacidade individual de cada uma. É importante ressaltar que em um agrupamento do tipo consórcio de exportação, as empresas somente atuarão conjuntamente no mercado internacional, preservando assim, sua individualidade nas vendas nacionais. Todavia, seu sucesso depende de cooperação e maturidade. É necessário primeiramente que as empresas comecem a pensar no próximo como semelhante e que estejam dispostas a se comprometer com o sucesso de seus parceiros. Um grande problema das uniões é que as empresas só se enxergam como rivais e é difícil abandonar velhos paradigmas do capitalismo, como “cada um por si e Deus por todos”.

Mas, superada esta desconfiança e por meio de muito planejamento e organização, os membros podem obter vantagens inestimáveis, como o rateio do custo de divulgação e logística do produto no exterior, tais como participação em feiras, contratação de pesquisas mercadológicas, transporte de mercadoria. Além disso, a sede do consórcio pode funcionar como um departamento de comércio exterior comum a todos os membros, o que reduz as despesas que haveria com a elaboração de um departamento próprio, e ainda permite ao produtor uma relação mais íntima com o cliente, situação pouco provável no caso de exportação indireta (via empresa comercial exportadora, trading company).

Um importante passo para que os consórcios sejam efetivamente utilizados no Brasil seria a promulgação de uma lei própria, dando a seus membros a segurança de estarem trabalhando com configuração jurídica adequada (atualmente a legislação existente faz parte da Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976, das Sociedades Anônimas). Também é interessante a alteração do artigo que determina que o consórcio tenha um término predestinado, pois empreendimentos relativos à exportação devem ser planejados para execução a longo prazo.

Ainda assim, é possível encontrar no Brasil, algumas poucas, porém bem-sucedidas, uniões entre empresas do tipo consórcio. Vale destacar o êxito que obtiveram os consórcios de software, em Campinas; de pedras preciosas e joias, em Minas Gerais; de moda praia e fitness, na Bahia.

Que estes e outros consórcios sirvam como exemplo para as empresas da região, que possuem potencial para mostrar ao mundo a qualidade dos produtos brasileiros, mas não o fazem por falta de oportunidade.
E que se comprove na prática a sabedoria popular: a união faz a força!

Roberta Ferreira, administradora, com registro nº 119.527 no CRA-SP, responsável pelo blog sobre dúvidas universitárias http://robertaferreira.wordpress.com/ é ex-aluna de Comércio Exterior e membro associado do Grupo de Estudos de Comércio Exterior do Unifieo – Geceu.