Apesar da crise global, nao asitica mantm crescimento notvel; frente, demanda por commodities pode cair e afetar exportaes do Brasil
Em meio insegurana que tomou conta dos mercados financeiros na ltima semana, passou quase despercebida a divulgao dos dados recentes de atividade econmica e inflao na China.
Tendo em vista a quase estagnao das economias ocidentais, o mundo depende cada vez mais da manuteno de bom desempenho da economia chinesa para evitar um cenrio de recesso.
Em meio insegurana que tomou conta dos mercados financeiros na ltima semana, passou quase despercebida a divulgao dos dados recentes de atividade econmica e inflao na China.
Tendo em vista a quase estagnao das economias ocidentais, o mundo depende cada vez mais da manuteno de bom desempenho da economia chinesa para evitar um cenrio de recesso.
Quase que alheia ao que se passa nos EUA e na Europa, a trajetria da China desde o incio do ano se mantm a mesma -uma lenta desacelerao do crescimento para o ritmo desejado pelo governo, mais prximo de 8% ao ano.
A inflação, por sua vez, continua em alta. Atingiu o pico do ano em julho: 6,5%. uma taxa preocupante, mas h sinais de que cair sensivelmente no segundo semestre. Tal como no Brasil, o pior perodo de aumento no preo das matrias-primas ter passado, e o crescimento mais contido j reduz as presses internas.
Desde o fim de 2010, sob ameaa de superaquecimento da economia, as autoridades chinesas encetavam uma campanha de aumento de juros e restries na liquidez, cujo final parece avizinhar-se. Nesse caso, a China pode bem revelar-se um reduto de estabilidade nos prximos meses.
No prazo mais longo, contudo, h preocupao com a capacidade chinesa de sustentar altas taxas de crescimento. O risco advm, principalmente, do elevado peso do investimento no PIB, da ordem de 50%, taxa muito acima da de qualquer outro pas. A contrapartida uma taxa de consumo de 35%, a menor do mundo.
Tal investimento, parte dele com rentabilidade duvidosa, se financia com emprstimos bancrios. Assim, o perigo que as dvidas se mostrem impagveis.
Os bancos so do governo, que pode mobilizar a enorme poupana interna para cobrir rombos. No se antev uma crise bancria, mas tampouco se exclui forte reduo dos investimentos em alguns anos, com desacelerao mais acentuada da economia.
O desafio chins -incentivar o consumo e conter o investimento- oposto ao brasileiro. Como fazer isso, sem que a economia perca impulso, a incgnita. Pode ser que o crescimento chins, em uma dcada, caia a 5% ou 6%.
Para o Brasil, a ameaa clara: o apetite chins por commodities perder mpeto. Permanecer, porm, a competio acirrada na manufatura, para a qual estamos mal aparelhados.
A tendncia no animadora: o boom de commodities, ao valorizar o cmbio e concentrar investimentos, dificulta ao Brasil oferecer produtos e servios de qualidade quele que ser, em breve, o maior consumidor do mundo.
A tendncia no animadora: o boom de commodities, ao valorizar o cmbio e concentrar investimentos, dificulta ao Brasil oferecer produtos e servios de qualidade quele que ser, em breve, o maior consumidor do mundo.
Artigo enviado por Tiago Avelino, estudante de Comércio Exterior no Unifieo.
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