segunda-feira, 20 de junho de 2011

Artigo: Câmara dos EUA derruba compensação paga ao Brasil por subsídio a algodão

A Câmara dos Representantes (deputados federais) dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira uma lei que prevê a suspensão do pagamento de compensação ao Brasil pelos subsídios concedidos pelo governo americano a seus produtores de algodão.

Esse pagamento foi acertado no ano passado em uma contraproposta dos Estados Unidos para evitar que o Brasil colocasse em prática o direito de retaliação autorizado pela OMC (Organização Mundial do Comércio), após uma disputa de sete anos por conta dos subsídios pagos pelo governo americano aos agricultores do setor.
Caso os Estados Unidos realmente suspendam o pagamento do fundo de compensação no valor anual de US$ 147,3 milhões (cerca de R$ 236,9 milhões), o governo brasileiro poderá retaliar.
Antes de ser adotada, a legislação ainda precisa ser votada no Senado e, caso aprovada, receber a sanção do presidente Barack Obama.

Emenda
O fim do pagamento foi proposto em uma emenda de autoria do deputado democrata Ron Kind, que representa o Estado de Wisconsin e é um crítico dos subsídios agrícolas.
O congressista defende que, em vez de pagar a compensação ao Brasil, os Estados Unidos acatem a decisão da OMC e parem de conceder subsídios a seus produtores.
A emenda proposta por Kind ganhou a adesão de congressistas que consideram o pagamento ao Brasil um desperdício em um momento em que os Estados Unidos enfrentam deficit recorde no orçamento e pressões para reduzir gastos.
A lei aprovada nesta quinta-feira não reduz subsídios à agricultura, mas traz grandes cortes em programas de assistência alimentar, tanto em território americano quanto no exterior.

Disputa na OMC
A disputa na OMC sobre o algodão americano foi encerrada em 2009, quando a organização concedeu ao Brasil – que exige o fim dos subsídios – o direito de retaliar os Estados Unidos no valor total de US$ 829 milhões (cerca de R$ 1,33 bilhão).
A retaliação seria feita por meio da cobrança de sobretaxa para a importação de determinados itens dos Estados Unidos e a possível suspensão de direitos de propriedade intelectual de alguns produtos americanos.
No entanto, como o fim dos subsídios depende de aprovação do Congresso americano, onde enfrenta resistência de vários setores, o Brasil aceitou uma contraproposta dos Estados Unidos, em um acordo assinado entre os dois países em junho do ano passado.
Além do pagamento da compensação, ficou acordada a abertura do mercado americano para importação de carne bovina e suína de Santa Catarina e o congelamento da liberação de garantias de créditos à exportação agrícola dos Estados Unidos.
Para gerir os recursos depositados pelo governo americano, foi criado o Instituto Brasileiro do Algodão. O dinheiro é investido em programas de apoio à produção de algodão brasileira.

Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington
Atualizado em  16 de junho, 2011 - 18:14 (Brasília) 21:14 GMT


Artigo enviado por Alipio Barbosa, estudante de Comércio Exterior no Unidieo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Artigo: Ford Argentina lança nova Ranger para exportar para AL

Principal alvo do novo modelo é o Brasil, que recebe 80% dos modelos produzidos na Argentina; investimento foi de US$ 250 milhões

15 de junho de 2011 | 19h 36

Marina Guimarães, da Agência Estado
BUENOS AIRES - Com um investimento de US$ 250 milhões, a Ford lançou, nesta quarta-feira, 15, em Buenos Aires, a nova família Ranger. Dentro do conceito de plataformas globais da empresa, a nova Ranger será fabricada na fábrica de General Pacheco, de onde será exportada para todo o mercado da América Latina. O principal alvo é o Brasil que recebe 80% dos modelos produzidos na Argentina.
"Queremos ser líder na Argentina e na região", disse o presidente da Ford Argentina, Enrique Alemañy, à Agência Estado. O executivo preferiu não fazer projeções, mas indicou que nesse ano a produção deve crescer em um nível similar ao de 2010, quando a expansão foi de 15%. Das 100 mil unidades dos modelos Focus e Ranger produzidos na fábrica argentina em 2010, 75 mil foram destinados à exportação.
Alemañy afirmou que os conflitos comerciais entre a Argentina e o Brasil não afetaram as estratégias de produção e de vendas da montadora. "Somos otimistas sobre um acordo em bons termos entre os dois sócios (do Mercosul), porque a indústria automobilística da Argentina e do Brasil está totalmente integrada. Uma complementa a outra", afirmou em entrevista à AE, no Salão do Automóvel de Buenos Aires, que estará aberto ao público nesta Sexta-feira (17).

Artigo: Fim de subsídio a álcool nos EUA teria pouco impacto no Brasil

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
O possível fim da tarifa de importação de álcool e dos subsídios ao etanol americano, aprovado ontem pelo Senado dos EUA, tem pouco impacto comercial para o Brasil, pelo menos no curto prazo.
Mas, se confirmada, a abertura do mercado dos EUA deve incentivar novos investimentos e estimular a expansão do setor.
Pela proposta, haverá o fim do crédito fiscal de US$ 0,45 por galão de etanol, assim como a eliminação da tarifa de US$ 0,54 por galão sobre o etanol importado. Cada galão tem 3,785 litros.
Como a produção não acompanhou o aumento do consumo doméstico, hoje o avanço das exportações está comprometido. Mais do que isso, o país tem sido obrigado a importar mais para abastecer o mercado interno.
Na safra atual, que começou em maio e vai até abril de 2012, a região Centro-Sul, responsável por 60% da produção nacional, deve dobrar as importações de álcool.
O volume adquirido do exterior deve passar de 215 milhões para 450 milhões de litros, segundo estimativa da consultoria Datagro.
Considerando também as importações necessárias para abastecer o Norte e o Nordeste, o volume total deve atingir 770 milhões de litros, aumento de 70%.
Mais de 90% vêm dos Estados Unidos. "Neste momento, nós precisamos mais deles (americanos) do que eles de nós", afirmou Plínio Nastari, presidente da Datagro.
As exportações sobrevivem graças aos novos usos desenvolvidos para o etanol, que se tornou matéria-prima para a produção de plástico verde, por exemplo.
VENDAS EXTERNAS
Segundo a Datagro, as vendas externas devem ter leve queda de 1,5% e atingir 1,9 bilhão de litros na safra 2011/12. Do total, apenas 450 milhões de litros, ou 23%, são álcool combustível.
A relativa estabilidade nas exportações e o aumento nas importações refletem a queda na produção de cana-de-açúcar nesta temporada, a primeira em dez anos.
Serão processadas 600 milhões de toneladas em todo o país, ante 620 milhões de toneladas na safra 2010/11, conforme a Datagro.
A perda de 20 milhões de toneladas está concentrada no Centro-Sul, e é resultado de problemas climáticos e da falta de investimentos.
A crise de 2008 afetou o setor e, desde então, os aportes são dedicados a fusões e aquisições, com pouco espaço para investimentos na renovação dos canaviais.
A moagem de cana passou de um ritmo de crescimento de 10% verificado desde o início da década para 3,5% a partir da safra 2008/09, segundo a Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar).
INCENTIVO
O fim do subsídio americano pode ser visto como um marco para o setor. "Os EUA mostram que o etanol merece ser considerado uma commodity global, o que pode abrir outros mercados", diz Julio Maria Borges, diretor da consultoria Job Economia.
Para ele, a liberação às importações deve estimular um novo ciclo de investimentos no Brasil. "Entre os próximos cinco e dez anos, há potencial para exportar", diz.
"Podemos perfeitamente planejar nosso crescimento para atender oportunidades de mercado que vão surgir ao longo desta década, tanto dentro quanto fora do Brasil", disse Marcos Jank, presidente da Unica, em nota.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Artigo: Secretária fala sobre relações comerciais com China e Argentina na Fiesp

São Paulo-SP (13 de junho) – Convidada para ser palestrante na reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, apresentou os dados gerais sobre a balança comercial brasileira e detalhou as relações comerciais com a China e a Argentina.

Nos primeiros cinco meses do ano, o Brasil acumulou um superávit de US$ 3,6 bilhões no intercâmbio comercial com a China, número superior ao verificado no mesmo período do ano passado (US$ 1,9 bilhão). Neste intervalo de tempo, as exportações brasileiras para a China somaram US$ 15,7 bilhões e as importações, US$ 12,1 bilhões.

Mesmo diante do resultado positivo, Tatiana considerou que as exportações para este país podem ser melhoradas qualitativamente com uma maior participação de bens manufaturados. Neste sentido, a secretária disse que o governo brasileiro estabeleceu duas estratégias para aumentar as vendas à China.

“Primeiro, identificamos eventuais barreiras que impedem a venda de produtos de maior valor agregado, especialmente daqueles provenientes do agronegócio, e apresentamos a nossa reivindicação ao governo chinês para reverter esta situação”, disse a secretária, mencionando as dificuldades que certos produtos, como óleo de soja e carne de frango processada, têm para acessar o mercado chinês.

Outra estratégia diz respeito ao mapeamento de nichos de produtos em que o Brasil se destaca pela qualidade. “Sabemos que competir na base de preço no mercado chinês é muito difícil, mas é possível ter bons resultados com produtos que se destaquem em critérios como qualidade, marca e design”, afirmou Tatiana.

Argentina

Sobre a Argentina, a secretária lembrou que o Brasil registrou um superávit de US$ 2 bilhões, com exportações de US$ 8,5 bilhões e importações de US$ 6,5 bilhões, entre janeiro e maio de 2011. Tatiana salientou ainda que 91% das vendas brasileiros ao mercado argentino são de produtos manufaturados, “o que torna nossas relações comerciais muito especiais”, disse.

Em relação às dificuldades para exportar, relatadas pelo setor produtivo brasileiro, em razão de exigências técnicas-burocráticas e do regime de licenciamento não automático adotado pela Argentina para 600 códigos tarifários da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), a secretária disse que vem mantendo contatos diários com as autoridades argentinas para solução destes problemas e para reverter os entraves que limitam o acesso a este mercado.


Artigo enviado por Wallace Lima, estudante de Comércio Exterior no Unifieo.

Artigo: Concessionrias estimam aplicar até R$ 3 bi no setor ferroviário

são paulo - As concessionárias do modal ferroviário vão aplicar este ano R$ 3 bilhões nas ferrovias nacionais, cerca de 19% a mais do que em 2010, devido à maior demanda de carga via trilhos: 530 milhões de toneladas. Já no transporte de passageiros, a briga é pelo Trem de Alta Velocidade (TAV), cujo leilão está previsto para 29 de julho. Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o negócio é imprescindível: "70% das obras são para colocar os trilhos no chão." O setor despertou interesse do presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena, que anuncia: concorrerá também nos aeroportos.
Artigo enviado por Tiago Avelino, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

Artigo: Califórnia pode aumentar demanda por etanol do Brasil

Filipe Domingues, da Agência Estado
HOUSTON - A proposta do Estado norte-americana da Califórnia de reduzir as emissões de carbono na queima de combustíveis durante a próxima década pode aumentar a demanda por etanol do Brasil. O Estado está tentando reduzir a intensidade das emissões no transporte em pelo menos 10% até 2020, de modo que companhias misturadoras de combustíveis serão forçados a consumir mais biocombustíveis, que resultam em menos carbono.
O etanol de cana-de-açúcar, produzido principalmente no Brasil, é o combustível mais ameno neste aspecto entre os disponíveis comercialmente. O etanol de cana tem uma reputação melhor no que diz respeito ao meio ambiente do que o de milho, criticado por consumir muita energia para ser produzido e por reduzir a oferta de alimentos.
Assim, a maior parte do etanol dos Estados Unidos é de milho e não poderia ser vendido na Califórnia depois de 2012. Os Estados Unidos estão trabalhando no desenvolvimento de etanol feito com algas, lascas de madeira e outros materiais não alimentares. Mas a tecnologia ainda não permite produção em larga escala.
A Califórnia já é o maior Estado consumidor de etanol no país, com 1,3 bilhão de galões anuais (4,9 milhões de litros). Segundo o vice-presidente da corretora Newedge, Mike McDougall, trata-se de uma oportunidade enorme para os produtores de etanol. "Isso é aguardado com grande expectativa pelas usinas no Brasil", declarou, referindo-se aos novos padrões de combustíveis da Califórnia.
A importação de grandes quantidades de etanol poderia marcar uma ruptura importante em relação ao atual esforço multibilionário dos Estados Unidos para formar uma indústria de etanol de milho, em busca da independência energética. A entrada de etanol brasileiro nos Estados Unidos mudariam o comércio atual. O Brasil importou 45 milhões de galões de etanol em abril, sendo 80% dos Estados Unidos, para ajudar a atender à firme demanda interna. A produção do Brasil permaneceu estável, com a estabilidade de crédito que dificultou expansões na indústria.
Se for necessário para os Estados Unidos usar etanol brasileiro, poderia ser o começo de um padrão comercial "ridículo" de combustíveis limpos, de acordo com Geoff Cooper, vice-presidente de pesquisa e análise do grupo que representa o setor de etanol norte-americano Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês).
"Num cenário plausível, poderíamos ver uma situação em que os Estados Unidos exportam seu etanol para servir o mercado do Brasil, enquanto o Brasil exporta seu etanol para a Califórnia, por causa da observância ao baixo carbono", comentou Cooper.
Outra dificuldade é o fato de que produtores de etanol no Brasil enfrentam dois principais aspectos que podem afastá-los dos Estados Unidos, pelo menos por alguns anos. Um deles é a tarifa de US$ 0,54 que os Estados Unidos cobram atualmente sobre o etanol importado. Outro, é o clima desfavorável para produção de cana neste ano, tornando o álcool brasileiro mais caro de se produzir. Além disso, as recentes pressões inflacionárias da alta dos combustíveis no Brasil tenderiam a ser acentuadas com a exportação de etanol, o que pode conter esse movimento. As informações são da Dow Jones.
Artigo enviado por Wallace Lima, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

Artigo: Abipecs diz confiar em solução rápida para o embargo russo a carnes

Suzana Inhesta, da Agência Estado
SÃO PAULO - O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, disse confiar na capacidade do governo brasileiro em encontrar uma solução para o embargo da Rússia às carnes brasileiras. A partir desta quarta-feira, 15, o país interrompe as compras de 85 frigoríficos dos Estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. "Continuamos confiantes no breve término do embargo e na prioridade que o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, nos garantiu", disse.
Camargo Neto participou da reunião do governo brasileiro com outras entidades do setor no último dia 6, em Brasília. Na ocasião, foi decidido seria enviada uma nova missão à Rússia dali a 15 dias, no máximo, para tentar reverter o mal estar entre os dois países na questão. "É essencial, porém, que o Ministério da Agricultura responda formalmente os questionamentos do governo russo. Sem isso, fica difícil a Rússia alterar o quadro de embargo. Toda urgência é necessária", destaca Camargo Neto.
O presidente da Abipecs informou que tanto a entidade quanto o setor desistiram de pleitear a exclusão do Brasil da cota "Outros", já que, segundo ele, este poderia ser um dos fatores do embargo aos 85 frigoríficos. "Como o setor está num momento de fragilidade, optamos por desistir desse pleito para tentar ajudar nas negociações". A Rússia tem uma cota total de importação de carne suína de 470 mil de toneladas. A cota "Outros" é de 170 mil toneladas e engloba autorização de importação de vários países, o que limite as vendas do Brasil na categoria intracota, que tem vantagens como tarifas mais baixas. Apesar disso, o Brasil também exporta produto fora da cota.
Em 2010, a Rússia importou 233,984 mil toneladas de carne suína brasileira, ou 43,3% das exportações nacionais da proteína. A receita dessas vendas no período foi de US$ 649,166 milhões, com participação de 48,42%. Neste ano até maio, a Rússia segue como principal compradora da carne suína brasileira, com 39,23% de participação nas exportações do produto em volume (84 mil toneladas) e de 44,86% em receita (US$ 261,576 milhões).
Acusação
Ontem (13), feriado na Rússia, o serviço veterinário local, Rosselkhoznadzor, publicou comunicado em seu site acusando o Brasil de não ter adotado os procedimentos de produção de carne conforme normas e exigências do importador. A autoridade considerou ainda "uma grande lástima" o fato de, após ter informado que suspenderia a importação, o governo brasileiro ter "desencadeado na imprensa" uma "ampla campanha, acusando a Rússia de protecionismo e falta de objetividade. O documento de três páginas do Rosselkhoznadzor deixa clara a insatisfação dos russos com a maneira pela qual o Brasil vem lidando com a questão e propôs à Secretaria de Defesa Agropecuária do Brasil que a próxima rodada de negociações sobre esses problemas seja realizada nos últimos dez dias de junho.
Nesta terça-feira, 14, em entrevista coletiva, Rossi disse que ainda tem esperança de que o embargo russo seja suspenso, ou pelo menos, adiado. O ministro afirmou que o Brasil já começou a atender os 18 pontos da carta enviada pelo importador e que está realizando análises laboratoriais em todas as unidades ameaçadas de serem impedidas de vender à Rússia. As informações seriam enviadas à Rússia ainda hoje. Rossi disse estar otimista e que esperava uma resposta ainda hoje do país, assim como uma autorização da Rússia para que Brasil possa enviar uma missão a Moscou.
Artigo enviado por Wallace Lima, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Artigo: Ministério quer simplificar regras de comércio exterior ainda este ano

RIO - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior espera terminar até o fim do ano o processo de simplificação da legislação que rege o comércio exterior brasileiro.

A previsão do secretário-executivo do ministério, Alessandro Teixeira, é de que as 1.200 leis que abrangem 17 órgãos governamentais sejam transformadas em uma única norma que funcione como uma espinha dorsal para nortear as regras de comércio exterior.

Teixeira disse ainda que não haverá a redução no número de instituições que regem o comércio exterior no Brasil, mas que a criação de uma única norma que norteie o setor vai garantir o melhor funcionamento de todo o segmento.

O secretário confirmou que essa espinha dorsal ficará pronta este ano, mas não soube informar quando ela poderá entrar em vigor, nem qual será o trâmite no Poder Executivo e no Congresso.

"Temos muitos entes envolvidos no comércio exterior, o que não é ruim, mas precisamos simplificar para que o próprio exportador entenda como funciona o sistema de comércio exterior brasileiro", disse Teixeira, que participou de reunião com empresários para o lançamento do 30º Enaex, que acontece em agosto, no Rio.

"A legislação do comércio brasileiro remonta à década de 40 em várias das formas e sabemos que o comércio evoluiu, o mundo evoluiu, o mundo se abriu, se globalizou e, portanto, a legislação brasileira tem que ser simplificada", acrescentou.

Para o secretário, uma lei apenas regulando o comércio exterior trará "mais transparência e eficiência", além de deixar mais clara a atuação de cada um dos 17 organismos envolvidos no processo. Segundo ele, não vai haver um fortalecimento da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que hoje congrega as decisões e relações do setor exportador.

"A Camex já é forte o suficiente. Tem que continuar o aprofundamento do trabalho que tem", ressaltou Teixeira, lembrando que a ideia é que a simplificação aumente a base de exportadores, que era de 19 mil no ano passado, além da quantidade de importadores, que no ano passado somaram 39 mil empresas, segundo dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O presidente em exercício da AEB, José Augusto de Castro, lembrou que o número de companhias exportadoras tem diminuído em cerca de 500 empresas ao ano desde 2006, enquanto o número de importadores tem crescido a uma média de 3 mil a 3,5 mil novas empresas por ano também desde 2006. Para este ano, Castro estima que 4 mil novos importadores entrarão no mercado no Brasil.

Apesar do resultado e da confirmação de que mais exportadores precisam entrar na conta, Teixeira afirmou que o ministério não trabalha com uma expectativa para o câmbio.

"O ministério não trabalha com o câmbio. Isso é um problema do Ministério da Fazenda. Nós trabalhamos com a situação dada, ou seja, o câmbio é dado e nós temos que trabalhar com esse câmbio", frisou. "Trabalho com a expectativa que está colocada. Não estamos especulando com a situação cambial. Trabalhamos com o que é dado", acrescentou.

Castro ponderou que o câmbio ideal para satisfazer "entre 80% e 90% dos exportadores" seria perto de R$ 2,20. O executivo explicou ainda que a redução do custo Brasil - principalmente nas áreas de logística e tributos - poderia contribuir para atenuar os efeitos do câmbio. Segundo Castro, o custo Brasil representa cerca de 30% do preço dos produtos exportados.

Teixeira, do ministério, destacou ainda que, mesmo com o atual patamar do câmbio, em torno de R$ 1,60, as exportações de manufaturas cresceram em torno de 16% entre janeiro e abril, quando comparadas com igual período do ano passado.

"O câmbio de forma alguma é um impeditivo. Ele pode restringir, mas jamais impede", disse.

(Rafael Rosas | Valor)


Fonte: http://www.valoronline.com.br/online/geral/8/441175/ministerio-quer-simplificar-regras-de-comercio-exterior-ainda-este-ano

Artigo enviada por Wallace Lima, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

Apresentação Codesp - Santos 11/06/2011


Link para download da apresentação realizada na Codesp (Santos, 11/06/2011)

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Artigo:Brasil vai atender exigências da Rússia sobre carnes

Apesar de considerar exageradas as exigências da Rússia que levaram à suspensão da compra de carne brasileira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse ontem que o Brasil vai se preparar para atender esse tipo de demanda e, assim, evitar crises de exportação no setor. O processo de adaptação envolve a realização das vistorias prometidas ao governo russo nas plantas produtivas, tarefa que deve ter início na próxima semana, e o reforço da estrutura de laboratórios.

Por enquanto, para evitar que o bloqueio seja efetivamente aplicado, Rossi destaca que a estratégia será a de negociação. Segundo ele, o vice-presidente, Michel Temer, enviou uma carta ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, pedindo que não seja aplicado de imediato o embargo às compras de carnes brasileiras, previsto para se iniciar em 15 de junho.

Segundo Rossi, o ideal seria o cumprimento do cronograma de atividades firmado com autoridades russas em meados de maio, quando Temer esteve em Moscou, em missão realizada para ampliar o comércio entre os dois países. Na ocasião, o Ministério da Agricultura garantiu ao serviço veterinário russo que faria novas auditorias em todas as indústrias de carnes bovina, suína e de aves habilitadas a exportar para a Rússia. "Essa programação está mantida e as vistorias devem começar na próxima semana", disse Rossi. Na impossibilidade de que seja mantido o cronograma acertado anteriormente, a meta é que seja aplicado um "waiver" (perdão), prorrogando por 15 dias o início da vigência do embargo pela Rússia.


Fonte: http://www.conexaomaritima.com.br/novo/index.php?id=1-8112

Artigo enviada por Rosângela Wada, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

Artigo: Brasil vira o maior exportador de frango do mundo

O Brasil caminha para superar pela primeira vez os Estados Unidos em alguns dos setores agrícolas que por mais de 30 anos estiveram sob o controle dos exportadores americanos e obriga importadores a rever suas estratégias de abastecimento.

Dados divulgados nesta terça-feira, 7, pela FAO apontam que, em 2011, o Brasil será já o maior exportador de frango do mundo, com um terço do comércio global.

Além disso, dá passos importantes para se aproximar dos EUA na liderança da soja no planeta. Setores como carne bovina, milho e arroz também registraram ganhos importantes no ano.

Se os avanços são claros no País, a FAO alerta que um salto maior exigirá que o governo dê uma solução aos entraves que a falta de infraestrutura está causando para as exportações nacionais. Em seu relatório bianual sobre a produção agrícola no mundo, o real fortalecido e os custos de produção no País também terão de ser tratados pelas autoridades nos próximos anos.

No setor de carnes, a FAO aponta que o Brasil já o segundo maior produtor do mundo e sua expansão tem "mais que compensado a queda persistente da Argentina". No país vizinho, 3,5 mil empregos foram eliminados no setor. Entre os exportadores, o Brasil já é o primeiro do mundo, com 1,5 milhão de toneladas neste ano.

A FAO admite que a único fato que pode afetar a expansão brasileira seria um eventual entrave colocado pela Rússia, como acabou ocorrendo. Mesmo assim, a previsão é de que as exportações do País devem crescer em 2011, depois de três anos de queda diante do consumo doméstico.

Para 2011, a entidade prevê uma queda nas vendas de frango dos Estados Unidos. Isso deve tirar dos americanos a tradicional posição de maior exportador de frango do mundo. "Como consequência, o Brasil deve se tornar neste ano o maior exportador de frango do mundo, com entregas que podem superar a marca de 4 milhões de toneladas, um terço do comércio global", afirmou a entidade.


Fonte: http://www.conexaomaritima.com.br/novo/index.php?id=1-8106


Artigo enviada por Rosângela Wada, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

Vídeo: A história das coisas


Vídeo enviado por Felipe Andrade, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

terça-feira, 7 de junho de 2011

Artigo: A diferença entre moeda e dinheiro

Ricardo Maroni Neto
Moeda e dinheiro, duas palavras que ocupam o dia-a-dia de bilhões de pessoas no mundo, muitas vezes se substituindo. Mas será que são sinônimos perfeitos? Qual a diferença entre moeda e dinheiro? As perguntas são simples. As respostas nem tanto, porque requer um mergulho na história para obtê-las.
O senso comum chama de moeda as peças metálicas, geralmente redondas, de valor igual ou inferior à unidade monetária e que são fundamentais para realização de operações de baixo valor ou de valores não inteiros. Assim, numa visão popular são moedas as unidades de um, cinco, dez, vinte e cinco, cinqüenta centavos de real e de um real. Também pelo senso comum, o dinheiro dá nome aos meios de pagamento, as unidades de medida e as cédulas de papel.


Na visão popular, portanto, a moeda é a parte do dinheiro com menor valor e, em muitas situações, desprezível, a ponto de pessoas dispensarem o troco ou os comerciantes se desculparem por dar troco em moedas.
O senso comum descreve aquilo que as pessoas percebem no seu dia-a-dia, com interpretação muitas vezes distorcida e desprovida de informações corretas.


O conceito de moeda, por exemplo, é econômico, descrevendo um bem qualquer que serve para intermediar trocas, tem aceitação geral, permite avaliar outros produtos e possui certos atributos físicos específicos. Note-se que moeda é um bem qualquer, tanto que as primeiras moedas foram mercadorias. Gado, sal, fumo, escravos, conchas, mel, peixes secos, arroz, rum, peles de animais, entre outros, são exemplos de moeda mercadoria.
Deve-se destacar que a invenção da moeda favoreceu a evolução das atividades econômicas, pois desvinculou a venda da compra, pois até então a Economia era baseada na troca direta.


Com o passar do tempo as moedas mercadorias encontraram limitações para o seu uso como: alterações físicas pelo manuseio, distinção entre duas moedas de igual valor, dificuldade de realização de operações de valor menor, dificuldade de manuseio e transporte. Desta forma foram substituídas pelo metal, especialmente o ouro e a prata.
No entanto, havia uma questão de ordem prática: os negociantes deveriam saber avaliar a pureza do metal em cada transação, alem de pesá-lo para definir os parâmetros de troca. Isto limitava o comércio, pois somente àqueles que conheciam metais preciosos poderiam negociar.


Toda esta história se passou, aproximadamente, entre 3500 a.C., quando surgiu a escrita, e 635 a.C., quando surgiu a moeda cunhada na Lídia. A moeda cunhada pelos lídios era de uma liga de ouro e prata, ovalada, do tamanho da digital de um polegar, gravada com o emblema real garantindo a pureza e o peso do metal, ganhando aos poucos o formato redondo.

Com a moeda cunhada surge o conceito de dinheiro, que é a moeda formatada. Em síntese, moeda é qualquer bem com características especiais que lhe garante o exercício de certas funções econômicas. O dinheiro é o bem usado como moeda com formato padronizado.

O nome moeda vem de Juno Moneta, deusa romana, esposa de Júpiter, protetora do Estado, das mulheres, do casamento, da família, das gestantes e do parto. A cada atributo lhe era dado um nome adicional, assim, existia Juno Lucina, Juno Pronuba e Juno Sospita. Todas eram a mesma: Juno.

Em seu templo criavam-se gansos, cujo grasnar advertiu, certa vez, sobre o ataque dos gauleses. Advertir em latim é monere, da qual origina Moneta. Era no templo da deusa que se cunhavam o ouro e a prata, o termo moeda passou a designar o produto fabricado no templo de Juno Moneta.

Por volta de 269 a.C. passou-se a cunhar uma moeda de prata, que trazia a imagem da deusa e seu nome: moneta (daí a denominação de moeda para as peças redondas e de metal). A esta moeda deu-se o nome de danarius, do qual deriva denaro, que é a origem latina de dinheiro. Logo, dinheiro é um tipo de moeda.
Todo dinheiro é moeda, mas nem toda moeda é dinheiro. Quem quiser conhecer mais detalhes sobre o tema recomenda-se: “A história do dinheiro” de Jack Weatherford, pela Editora Campus.

Ricardo Maroni Neto, economista, professor do Unifieo e do IFSP, autor do Manual de Gestão Financeira, é membro do Grupo de Estudos de Comércio Exterior do Unifieo – GECEU.

Fonte: http://webdiario.com.br/?din=view_noticias&id=56981&search=