quinta-feira, 28 de abril de 2011

Artigo: O incompreensível Choque de Civilizações

Por Leandro Ortunes*
leandroortunes@uol.com.br

No verão de 1993, foi publicado pelo cientista político Samuel P. Huntington, o artigo O Choque de Civilizações? O artigo tornou-se um livro, e sofreu uma mudança sutil em seu título. Ao invés de uma pergunta, agora passa a ser uma afirmação: Choque de Civilizações . Esta alteração demonstra que a problemática de Huntington passa a ser uma hipótese.
Huntington cita em seu livro o conceito de Dois Mundos: Nós e Eles, e o conceito: O Ocidente e o Resto. Interessante perceber o esforço do cientista político em criar modelos ideais para analisar o cenário mundial após a Guerra Fria. Com este método Huntington divide o mundo em nove civilizações: Ocidental, Africana, Islâmica, Hindu, Ortodoxa, Latino-Americana, Budista e Japonesa. Huntington defende a ideia de um novo tipo de conflito, desta vez não mais motivado por ideologias (como na Guerra Fria), mas sim pelas diferenças culturais existentes entre as civilizações. Boa parte de sua obra relata sobre o declínio do ocidente e o ressurgimento islâmico que, segundo ele, pode por em jogo a identidade cultural do ocidente (neste caso os Estados Unidos e a Europa ocidental). Huntington defende que a cultura ocidental deve encontrar alternativas para permanecer forte mediante ao crescimento de outras civilizações.
Esta hipótese sobre o declínio ocidental e o ressurgimento islâmico acarreta outros problemas ao fazer uma leitura extremada dos textos de Huntington. Problemas como a xenofobia presente na Europa e movimentos contra a imigração muçulmana. Por este fato, Huntington é duramente criticado por vários autores, e até mesmo chamado de racista mascarado pelo mexicano Carlos Fuentes, que criticou duramente outro texto de Huntington sobre o Desafio Hispânico, no qual diz que a migração mexicana pode dividir os Estados Unidos.
Para contrapor as exposições de Huntington foi publicado um artigo com o título O Choque da Ignorância, escrito por Edward Said, um grande escritor crítico à construção do “Outro imaginário” sem o real conhecimento das diferenças entre as sociedades. Said critica as generalizações e apontamentos feitos por Huntington ao ressurgimento islâmico. Realmente, a complexidade de uma civilização impede a elaboração te uma teoria única para definir a mesma. Na prática, é necessário ter cuidado com as generalizações ao relatar algo sobre o islamismo, pois não se pode pensar em um Islã único. Na verdade há vários tipos de comportamentos sociais que professam a fé islâmica. Certamente, há diferenças entre ser muçulmano no Egito e ser um muçulmano no Irã. Também há diferenças entre ser terrorista e um fundamentalista que somente quer preservar a sua fé. Estas diferenças não são muito claras para grande parte da sociedade ocidental. Por isso, um preconceito é formado:

[...] a personificação de entidades chamadas "o Ocidente" e "Islã" é imprudente fundada, como se questões extremamente complexas como a identidade e cultura exista em um mundo de desenho animado, no qual Popeye e Brutus lutam um contra outro sem piedade, com um sempre mais virtuoso boxeador que consegue vantagem sobre seu adversário.

Utilizando outras palavras, Said diz que o “conflito” entre Ocidente e o Islã não pode ser visto como um simples desenho animado, o qual personagens disputam constantemente um se sobrepor ao outro.

Gostaria de poder afirmar que a compreensão geral do Oriente Médio, dos Árabes e do Islã nos Estados Unidos melhorou um pouco. Mas, infelizmente, o fato é que isso não ocorreu [...] Nos Estados Unidos, o endurecimento das atitudes, o estreitamento da tenaz das generalizações desencorajante e do clichê triunfalista, a supremacia da força bruta aliada a um desprezo simplista pelos opositores e pelos "outros" encontraram um correlativo adequado no saque, na pilhagem.

Evidentemente, não se pode afirmar que todo o ocidente ou mais precisamente, que a nação norte-americana em geral, faz leituras inadequadas destes povos. Mas de fato, alguns da ala neoconservadora na política norte-americana ainda se julgam capazes de transformar o mundo e combater o desafio do ressurgimento islâmico, como se o ressurgimento fosse algo assombrador para o mundo. Logo, percebe-se que há uma falta de compreensão sobre o oriente e principalmente falta distinguir as subculturas que existem dentro da rica cultura oriental.


terça-feira, 26 de abril de 2011

Artigo: FMI acende debate ao estimar que China ultrapassará EUA em cinco anos

26/04/2011 - 07h33
FMI acende debate ao estimar que China ultrapassará EUA em cinco anos
Uma estimativa indicando que a economia chinesa superará a americana em apenas cinco anos abriu um debate entre especialistas econômicos sobre um iminente fim da "era americana" no cenário mundial.

O debate foi aberto pelo website MarketWatch, do diário financeiro americano "The Wall Street Journal".

Em um artigo intitulado "A bomba do FMI: A Era Americana se Aproxima do Fim", o colunista Brett Arends analisa como o avanço econômico chinês põe em questão a hegemonia dos Estados Unidos no cenário mundial.

Os dados são estimativas extraídas do mais recente Panorama Econômico Mundial, o relatório "World Economic Outlook", produzido pelo Fundo Monetário Internacional.

Segundo o FMI, em 2016 o PIB chinês medido pelo critério de poder de compra atingirá U$ 19 trilhões e superará o americano (US$ 18,8 trilhões) pela primeira vez na história.

Esse critério de medição do PIB considera o poder aquisitivo em determinado país, considerando não apenas os rendimentos, mas as diferenças de custo de vida entre os países.

Em cinco anos, China e Estados Unidos responderiam, respectivamente, por 18% e 17,7% da economia mundial, indicam as estimativas do fundo.

Por outro critério amplamente utilizado internacionalmente, entretanto, os EUA continuam e continuarão sendo de longe mais poderosos economicamente que a China.

Medido a preços correntes, no qual o valor da produção é convertido em dólares para efeito de comparação, o PIB americano (US$ 18,8 trilhões) ainda permaneceria quase 70% maior que o chinês (US$ 11,2 trilhões) em 2016.

'Fim de uma era'

Após o início da discussão, o FMI respondeu ao "WJS", afirmando não considerar adequado o critério usado pela coluna para basear suas ideias.

"Na paridade de poder de compra, os preços são influenciados por serviços não-comerciáveis, que são mais relevantes no plano doméstico que no plano global", disse, em nota, o fundo.

Ainda assim, o colunista do "WSJ" considerou que a comparação pela qual a China superaria os EUA em 2016 "é a que importa".

"As taxas de câmbio variam rapidamente. E as taxas de câmbio adotadas pela China são falsas. A China mantém a sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizado através de grandes intervenções no mercado", escreve Arends.

"Isto é muito mais que uma questão de estatística. É o fim da Era Americana."
Outros especialistas econômicos acataram a mensagem de longo prazo trazida pela polêmica no "WSJ".

Um comentarista econômico do jornal britânico "Daily Telegraph" notou que as projeções do FMI serão "profundamente preocupantes para muitos americanos que temem que seu país esteja a ponto de ser ofuscado no curto prazo pela China e, mais adiante neste século, a Índia, ambos que, com uma população combinada de 2,5 bilhões de pessoas, fariam os 300 milhões que vivem nos Estados Unidos parecerem poucos".

Os autores da coluna Beyondbrics ("Além dos Bric", em tradução livre), do prestigiado "Financial Times", avaliaram que a questão da ascensão chinesa e a queda americana é "um debate contínuo".

Em outros veículos, a "disputa" China x EUA também está em foco. Em dezembro, a revista "Economist" propôs uma "brincadeira" para tentar definir a data em que o país asiático superará o ocidental pelos critérios de preços correntes.

A revista até criou um gráfico online (http://www.economist.com/blogs/dailychart/2010/12/save_date) no qual os usuários podem incluir os seus próprios parâmetros e assim calcular a data na qual os dois PIBs se cruzarão.

A revista aposta que, mantidas as atuais taxas de crescimento americana e chinesa, e levando em conta uma leve apreciação do yuan, a moeda chinesa, ao longo dos próximos anos, a China superará os Estados Unidos por volta de 2019.
Fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2011/04/26/fmi-acende-debate-ao-estimar-que-china-ultrapassara-eua-em-cinco-anos.jhtm

segunda-feira, 25 de abril de 2011

BOLSAS DE PESQUISA MEXT 2012

Consulado Geral do Japão em São Paulo
Departamento Cultural
12 de abril de 2011

Bolsas de Pesquisa – MEXT 2012
O Consulado do Japão em São Paulo informa que as inscrições para as Bolsas de Pesquisa MEXT 2012 estarão abertas no próximo mês, entre os dias 02 a 31 de maio.
As bolsas para Pesquisa oferecidas pelo MEXT (Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão) proporcionam a oportunidade para brasileiros estudarem em universidades japonesas, e cursarem o mestrado ou o doutorado naquele país. As bolsas são integrais e incluem a passagem de ida e volta ao Japão.
Os interessados em concorrer às vagas e queiram se preparar para o concurso poderão participar das palestras explicativas organizadas pelo Consulado em conjunto com a ABMON – Associação dos Bolsistas do Governo Japonês Monbukagakusho, a serem realizadas conforme o calendário abaixo.
Maiores informações acerca das inscrições poderão ser obtidas no site do Consulado Geral do Japão em São Paulo http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/cultura/bolsa1.htm

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Artigo: Salvaguarda contra China é ''improvável''

Pimentel afirma que pedidos do setor privado são legítimos, mas que ''governo não fará isso depois de amanhã''. Ele promete mais antidumping

 

21 de abril de 2011 | 0h 00
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo

O Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério do Desenvolvimento, deve aplicar uma série de medidas antidumping e iniciar novas investigações nas próximas semanas. O compromisso é do novo diretor do órgão, Felipe Hees. Ele alerta o setor privado, porém, que muitos problemas não serão resolvidos pela defesa comercial.
"A prioridade é proteger a indústria da concorrência desleal, mas é preciso entender que não é tudo que vai para o Decom. Tem coisas que juridicamente escapam", disse Hees ao Estado em sua primeira entrevista depois de assumir o órgão 10 dias atrás. Ele esteve ontem em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Diplomata de carreira do Itamaraty, Hees assume o Decom num momento em que a indústria sofre com a concorrência dos importados, que são beneficiados pelo real forte. É grande a preocupação do setor privado. Após o seminário, Hess foi abordado por quatro empresários que queriam informações sobre o andamento dos processos.
Estão em curso no Decom 46 investigações, com outros 22 pedidos em análise. Houve um represamento dos processos nos últimos meses por causa do impasse com a Receita Federal, que deixou de enviar dados de importações das empresas. Agora que o fluxo de informações se normalizou, o governo quer acelerar o ritmo. No início do mês, foram aplicadas taxas antidumping contra China e Estados Unidos.
O Decom também está envolvido em dois novos tipos de investigação: antielisão (contra a triangulação de produtos para burlar o antidumping) e salvaguardas transitórias (que são aplicadas só contra a China). Já foram protocolados pelo setor privado 7 casos de antielisão e 4 casos de salvaguardas.
Segundo Hees, está havendo muita confusão no setor privado entre fraude e antielisão. Não serão investigados pelo órgão casos em que os importadores falsificaram a origem do produto. Esses processos serão remetidos para Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e fiscalizados pela Receita. Caberá ao Decom os casos em que os importadores enviam as peças e apenas montam os produtos em um terceiro país ou até no Brasil.
Salvaguardas. A valorização mais acentuada do real frente ao dólar está levando setores industriais a buscarem medidas mais fortes de proteção comercial. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel disse ontem ao Estado que alguns pedidos de aplicação de salvaguardas provisórias já foram protocolados e novos pedidos são esperados com base nas informações que chegam ao ministério. No entanto, ele destacou ser improvável que esse instrumento seja aplicado por dois motivos: pela dificuldade de comprovar danos das importações a todo um setor produtivo e pela agressividade da medida que, na prática, bloqueia as importações que tiveram salvaguardas aplicadas.
"Nós só vamos abrir os processos se tivermos todas as evidências de que existe dano ao mercado mesmo. Porque senão (os empresários) ficam com a expectativa de que depois de amanhã estaremos fazendo isso. Não tenham esta expectativa. É uma investigação séria, lenta e longa", destacou. / COLABORARAM RENATA VERÍSSIMO e EDUARDO RODRIGUES.
Matéria enviada por Tiago Avelino, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

Artigo: Para OMC, diferenças entre países na Rodada Doha são ‘insuperáveis’

Documento de mais de 600 pginas escancara crise vivida pela organizao e mostra ruptura entre os EUA e emergentes


21 de abril de 2011 | 10h 12

Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo

GENEBRA - Dez anos de negociaes, milhares de horas de reunies, milhes de dlares gastos para promover reunies e viagens de diplomatas, discursos e, finalmente, uma constatao alarmante: hoje, as diferenas em muitas das posio entre os pases na Rodada Doha da Organizao Mundial do Comrcio (OMC) so "insuperveis" e o processo est "seriamente ameaado". Pior: ningum sabe o que fazer diante da situao que escancara a crise no sistema multilateral.

Para experiente diplomatas em Genebra, a crise um reflexo da transio a um novo equilbrio de poder que se estabelece no mundo, com os pases emergentes passando a assumir um novo papel. Em Doha, h dez anos, essa realidade ainda no estava clara. Hoje, a China o maior exportador do planeta, a ndia potencialmente o maior mercado e o Brasil o terceiro maior exportador agrcola do mundo.Nesta quinta-feira, 21, o diretor da entidade, Pascal Lamy, publicou o que seria um rascunho do acordo comercial mais ambicioso da histria, com mais de 600 pginas. Mas no lugar de apontar um potencial entendimento, o documento revelou a profunda fratura existente entre Estados Unidos, de um lado, e Brasil, China e ndia de outro. Isso mesmo diante das repetidas declaraes do G-20 pedindo a concluso da rodada em 2011.
Americanos e europeus querem que os trs emergentes deixem de ser tratados como pases pobres e faam concesses comerciais, abrindo seus mercados. Lamy, em seu texto, indica que Washington e Bruxelas consideram a atual negociao como "a ltima chance de equiparar" as tarifas de importao cobradas pelos emergentes e os ricos. S no caso do Brasil, isso significaria levar a zero mais de 3 mil tarifas.
De outro, China, Brasil e ndia se recusam a aceitar as exigncias impostas principalmente pelos Estados Unidos, alegando que ainda tem desafios de desenvolvimento importantes e no podem ser tratados da mesma forma. "Acredito que estamos sendo confrontados com uma clara fratura poltica ", disse Lamy. " A partir do que eu escutei nas minhas consultas, essa fratura no supervel hoje ", completou.
A Rodada foi lanada em 2001 e deveria ter sido concluda em 2005.Agora, a tentativa era de que um pr-acordo baseado nos textos apresentados nesta quinta fosse fechado para que a Rodada pudesse ser concluda at o final do ano. Mas Lamy indicou a diversos pases que no sabe mais o que fazer e pede para que todos, at o final de abril, reflitam com seus chefes de governo o que fazer de agora em diante.
Para muitos em Genebra, essa a crise mais profunda j vivida pela OMC. No porque a diferena de posio foi explicitada. Mas porque ningum sabe qual o caminho a ser tomado a partir de agora. Lamy insistiu aos governos que no tratem a atual crise apenas como mais um impasse na histria da OMC. Mas alerta que recomear do zero as negociaes tambm no seria a soluo.
Entre os governos, j h quem fale sobre a ideia de um enterro digno para a OMC. Um dos cenrios desenhados pelo Canad seria a de comear a programar um " desfecho organizado " para a Rodada, congelando o pacote e esperando por melhores momentos nos prximos anos. Algumas delegaes, porm, temem que nem isso consiga ser alvo de um acordo e o temor de que haja uma "aterrissagem descontrolada ".
Outros insistem que no se pode desistir de tudo, depois de dez anos de reunies. Politicamente, nenhum pas quer pagar o nus de declarar a morte da Rodada. Mas, por enquanto, a ordem de que todos voltem a suas capitais e pensem sobre o que fazer com a rodada comercial mais ambiciosa j lanada pela comunidade internacional. "Usem os prximos dias para refletir sobre nossa situao. Pensem sobre as consequncias de jogar fora dez anos de trabalho ", afirmou Lamy aos governos.
"Essa uma situao grave para a Rodada. Mas nossa realidade e precisamos encar-la", completou. Hoje, o pacote teria um impacto modesto na economia mundial. Mas abandonar o processo poderia, segundo muitos na OMC, ter um alto custo poltico para o sistema multilateral. Para Lamy, h ganhos econmicos e jogo. "Mas, acima de tudo, significaria que o esprito da cooperao global comercial ainda est vivo ", completou.
Matéria enviada por Tiago Avelino, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Artigo: Dólar cai de novo e já se desvaloriza mais de 5% no ano


Dólar cai de novo e já se desvaloriza mais de 5% no ano


cotação do dólar comercial fechou esta quinta-feira (14) em queda de 0,69%, a R$ 1,58 na venda. Só em abril, a desvalorização da moeda americana já é de 3,13%. No ano, a perda acumulada no câmbio é de 5,16%.
A queda foi influenciada pela expectativa de entrada de recursos e pela tendência internacional de queda da moeda norte-americana.
A baixa do dólar no mercado global continuou a ser orientada pela divergência de política monetária entre os Estados Unidos e a Europa. Enquanto o Federal Reserve mantém o discurso de que estimulará a economia com compras de bônus até junho, o Banco Central Europeu (BCE) já começou a subir juros.

Investidores esperam entrada de dólares no Brasil

No Brasil, o fluxo de entrada de capitais foi outro ingrediente para a queda do dólar. Após um início de mês equilibrado, com a saída líquida de US$ 14 milhões até o dia 8, operadores relataram ter crescido a expectativa por um  incremento na oferta de recursos.

Entre os exemplos recentes de operações financeiras que atraem dólares para o Brasil estão a emissão de um bônus de 10 anos pela Hypermarcas nesta quinta-feira, com volume equivalente a US$ 750 milhões, e a oferta pública de ações da Gerdau, concluída esta semana.

Em contraposição ao fluxo, o Banco Central conduziu dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, um de manhã e outro à tarde. É o quarto dia seguido em que o BC evita usar outros instrumentos, como leilões a termo ou swap reverso.

 

Relembre as medidas do governo para o câmbio

Na quarta-feira, o Banco Central divulgou a saída de US$ 14 milhões nos oito primeiros dis de abril. A notícia marcou uma inflexão no movimento de câmbio do país, já que nos três primeiros meses do ano, os investimentos estrangeiros diretos (IED), os empréstimos de companhias brasileiras no exterior e as operações de arbitragem com juros provocaram a entrada de mais de US$ 35 bilhões.

Em 29 de março, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a cobrança de alíquota de 6% de IOF sobre os empréstimos com prazo até 1 ano. Em 6 de abril, ele estendeu a alíquota a operações até dois anos.


Mátéria enviada por Karine Fedrigo, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

DIFUSORES DE INFORMAÇÃO

Pessoal,
Aos que tiverem disponibilidade e interesse em acompanhar notícias sobre mercado financeiro, comércio exterior e outros assuntos relacionados a negócios, acessem:
Agência Reuters - http://br.reuters.com/
Bloomberg - http://www.bloomberg.com/ (em inglês)
Abraço.
Rodrigo Mancilha

Artigo: China se compromete com maior diversificação comercial com Brasil

12/04/2011 - 10h51

O memorando assinado pela presidente Dilma Rousseff e o presidente chinês, Hu Jintao, após uma reunião no Palácio do Povo, em Pequim, assume o compromisso de tentar atender à principal demanda do Brasil nesta viagem: a diversificação da relação entre Brasil e China.

Em dois discursos, antes de se encontrar com Hu Jintao, Dilma destacou a necessidade de se iniciar um novo capítulo na relação com a China, com investimentos em áreas que agreguem valor à cadeia produtiva brasileira e mais abertura no mercado chinês a produtos brasileiros que não sejam apenas commodities.

Em um de seus discursos, no seminário empresarial do qual participou, a presidente chegou a dizer que nenhum país pode alcançar a prosperidade à custa de outros.

O documento, assinado pelos dois presidentes, faz várias referências - menos incisivas - à questão.

"A parte chinesa manifestou disposição de incentivar suas empresas a ampliar a importação de produtos de maior valor agregado do Brasil", diz o documento.

Na área de investimentos, o memorando diz que os dois lados "comprometeram-se a ampliar e a diversificar investimentos recíprocos em particular na indústria de alta tecnologia, automotiva, nos setores de energia, mineração, logística, sob forma de parcerias entre empresas chinesas e brasileiras".

Brasil e China falaram da importância de "estratégias comuns para agregar valor a produtos alimentares agrícolas".
Sem novidades Se houve avanços na busca por mais equilíbrio na relação entre os dois países, pelo menos nas promessas expressas pelo documento, em outros pontos importantes da relação bilateral, não houve novidades.

O Brasil não reconheceu o status da China como economia de mercado, uma questão pendente desde que o governo Lula prometeu o reconhecimento do status em 2004.
Entre analistas chineses, havia expectativa de que, com uma solução para o caso da Embraer na China, o Brasil cedesse e pudesse mudar a posição de protelar o reconhecimento oficial.

Um acordo permitiu que a Embraer mantivesse sua fábrica em Harbin, na China, após conseguir licença do governo para produzir no país jatos executivos Legacy, que não competem com o objetivo do governo chinês de desenvolver seu próprio avião comercial de grande porte.

O documento, no entanto, diz que "a parte brasileira reafirmou o compromisso de tratar de forma expedita a questão do reconhecimento da China como economia de mercado".

Do lado chinês, não houve apoio explícito à candidatura do Brasil a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU em uma eventual reforma da organização.

Bom sinal A diplomacia brasileira, no entanto, interpretou como um bom sinal algumas palavras presentes no texto.

Um exemplo é: "A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, com maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, tem desempenhando em assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas".

O documento prevê ainda a ida de uma missão empresarial chinesa ao Brasil no primeiro semestre de 2011 para, segundo o memorando, promover a diversificação do comércio bilateral e investimento recíproco.

Na viagem, o governo comemorou ainda o anúncio de investimentos de cerca de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão) pela China no Brasil. Entre eles, está a implantação de uma fábrica de processamento de soja na Bahia, a construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Campinas e um investimento em tecnologia da informação em Goiás.

Dilma e a delegação brasileira, que ficam na China até sábado, assinaram mais de 20 acordos de cooperação em diversas áreas.

Mátéria enviada por Rodrigo Mancilha, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Artigo: Balança comercial tem superavit de US$ 809 milhões

11/04/2011 - 12h30

ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA

A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 809 milhões nos dez primeiros dias de abril, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento.
Nas duas primeiras semanas de abril, as exportações representaram US$ 6,103 bilhões, com média diária de US$ 1,017 bilhão. Enquanto as importações chegaram a US$ 5,294 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 882,3 milhões.
Na primeira semana de abril, que teve apenas um dia útil, houve deficit de US$ 17 milhões. As vendas brasileiras ao mercado externo foram de US$ 1,049 bilhão e as compras no exterior foram de US$ 1,066 bilhão. Já na segunda semana do mês, com cinco dias úteis, teve superavit de US$ 826 milhões, com exportações de US$ 5,054 bilhões e importações de US$ 4,228 bilhões.
No acumulado do ano, o saldo da balança comercial chegou a US$ 3,978 bilhões, com média diária de US$ 58,5 milhões.
De acordo com o governo, o resultado é 134,3% maior que o verificado no mesmo período do ano passado, quando a balança teve superavit de US$ 1,67 bilhões.
Entre janeiro e a segunda semana de abril, as exportações alcançaram US$ 57,335 bilhões, resultado 28,6% acima do verificado no mesmo período de 2010. As importações totalizaram US$ 53,35 bilhões, com elevação de 24,4%.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/901059-balanca-comercial-tem-superavit-de-us-809-milhoes.shtml
Mátéria enviada por Rodrigo Mancilha, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

Artigo: Receita com exportação do café em 12 meses soma US$ 6,4 bi e bate recorde

No 1º trimestre, volume exportado totalizou 8,2 mi de sacas, alta de 11% em relação ao
ano anterior
07 de abril de 2011 | 16h 13

Tomas Okuda, da Agência Estado

SÃO PAULO - O balanço das exportações de café mostra que a receita cambial nos últimos 12 meses, até março, é a maior da história, alcançando US$ 6,370 bilhões. Os dados foram anunciados nesta quinta-feira, 7, pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé). No período, foram embarcadas 33,811 milhões de sacas de 60 kg do produto (verde, solúvel e torrado e moído).
O volume da exportação brasileira de café no período no primeiro trimestre deste ano totaliza 8,202 milhões de sacas, representando aumento de 11% em relação ao ano anterior (7,415 milhões de sacas).
No primeiro trimestre, a receita cambial foi de US$ 1,861 bilhão, representando aumento de 61% em comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 1,158 bilhão).
No acumulado de janeiro a março de 2011, os mercados importadores mais relevantes foram: Europa, com 55% do total, seguida pela América do Norte, com 23%; Ásia, com 17% e América do Sul, com 3%.
Segundo o CeCafé, os Estados Unidos são líderes entre os países importadores, com 1.662.120 de sacas (20% do total). A Alemanha aparece na sequência, com 1.594.743 sacas (19%); Itália, com 742.155 sacas (9%), e Bélgica, com 637.091 sacas (8%). O Japão está em quinto lugar com 532.056 sacas (7% do total).
Os embarques do produto nos três primeiros meses do ano foram realizados principalmente por meio do Porto de Santos, que escoou 6.529.262 sacas (79,6 % do total). O Porto de Vitória (ES) foi responsável pelo embarque de 968.033 sacas (11,8%) e o do Rio de Janeiro teve 519.920 sacas embarcadas (6,3%).

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+agronegocio,receita-com-exportacao-do-cafe-em-12-meses-soma-us-64-bi-e-bate-recorde,61932,0.htm
Mátéria enviada por Wallace Lima, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

Artigo: Anvisa regulamenta entrada de produtos japoneses no Brasil

Mercadorias importadas somente serão disponibilizadas para consumo após emissão do laudo laboratorial da Agência
11 de abril de 2011 | 9h 23

Rosana de Cassia, da Agência Estado

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou hoje no Diário Oficial da União resolução que estabelece os critérios para importação no Brasil de produtos e matérias-primas originários do Japão, de produtos fabricados a partir de 11 de março, quando houve um forte terremoto seguido de tsunami e o consequente acidente radionuclear na usina de Fukushima.
De acordo com a resolução, fica vedada a entrada no Brasil de produtos provenientes do Japão por pessoa física. A empresa importadora deve apresentar a Declaração da Autoridade Japonesa sobre cada produto e deve conter informações como a data da fabricação e da embalagem do produto e origem.
As mercadorias importadas somente serão disponibilizadas para consumo após emissão do laudo laboratorial da Anvisa. Os produtos que estiverem em desacordo com os limites de radiação serão descartados ou devolvidos ao exportador. "Todos os custos referentes ao controle sanitário ficam a cargo das empresas importadoras", afirma a resolução.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,anvisa-regulamenta-entrada-de-produtos-japoneses-no-brasil,not_62200,0.htm
Mátéria enviada por Wallace Lima, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

Matéria: Brasil começará a exportar suínos para China após visita de Dilma

Presidente chegou ao país no final da noite deste domingo, 10
11 de abril de 2011 | 7h 55

Gabriela Mello, da Agência Estado

PEQUIM - A presidente Dilma Rousseff mal desembarcou na China e um acordo já foi anunciado. O Brasil começará a exportar carne suína para China neste ano após a visita da presidente Dilma, informou nesta segunda-feira Marco Tulio Cabral, primeiro-secretário da embaixada brasileira na China. Cabral, que discursava em um fórum, não forneceu um prazo específico.
Dilma chegou ao país no final da noite deste domingo, 10, no horário de Brasília. A perspectiva é de que a a visita seja fundamental para definir o rumo das relações econômicas entre o Brasil e China nos próximos anos, já que cerca de 20 acordos comerciais devem ser negociados na viagem.
Ele também afirmou que o Brasil negociou com o governo chinês por um longo tempo sobre a questão dos embarques de carne suína, mas não entrou em detalhes. A China é o maior consumidor do produto no mundo, sendo responsável por metade da demanda. No entanto, quase todo o consumo de 50 milhões de toneladas é suprido pela produção local.
Ainda assim, o país asiático deverá importar cerca de 480 mil toneladas em 2011, segundo previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que estima alta de quase 15% frente ao ano passado. As informações são da Dow Jones.
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+internacional,brasil-comecara-a-exportar-suinos-para-china-apos-visita-de-dilma,not_62176,0.htm
Mátéria enviada por Wallace Lima, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

MATÉRIA: Entrada de dólar no país supera US$ 35 bi e bate recorde

06/04/2011 - 13h00
Entrada de dólar no país supera US$ 35 bi e bate recorde

EDUARDO CUCULO
DE BRASÍLIA
A entrada de dólares no país superou a saída em US$ 35,6 bilhões no primeiro trimestre de 2011. É o maior valor da série iniciada em 1982 pelo Banco Central. É também mais que o dobro do recorde anterior, verificado no mesmo período de 2006 (US$ 17,7 bilhões).
O valor supera ainda em 46% o volume de dólares que entrou no país em todo o ano passado.
Os números mostram que houve novamente antecipação no ingresso de recursos, na última segunda-feira, diante do vazamento de informações por parte do governo de que adotaria novas medidas cambiais para evitar esse tipo de movimento.
Somente em março, entraram no país, líquidos, US$ 12,7 bilhões, valor recorde para o terceiro mês do ano.
A maior parte dessa entrada está relacionada à captação de recursos no exterior por empresas brasileiras, modalidade que foi alvo de medida do governo na semana passada, e investimentos estrangeiros em empresas. A entrada de recursos para aplicação em títulos e ações continua baixa.
INTERVENÇÕES
As intervenções do BC para segurar a queda do dólar já somam US$ 24,5 bilhões no mercado à vista e US$ 1,3 bilhão no mercado futuro. Somados, os valores representam 62% das compras realizadas em 2010.
Outro dado divulgado pelo BC mostra que a medida anunciada para obrigar os bancos a reduzir as apostas na queda do dólar deu resultado. As dívidas dos bancos no mercado à vista caíram praticamente pela metade desde o final de 2010, para US$ 8,8 bilhões.

ARTIGO: Raízes de plantas e materiais descartados são usados para despoluir a água

Regina Motta

A reciclagem, hoje, já é uma realidade cada vez mais utilizada, felizmente. O uso dos materiais descartados vem se difundindo, tornando-se fonte de renda e, até mesmo, transformando-se em “Arte”. Da preocupação com o reaproveitamento da água e dos materiais descartados surgem iniciativas simples, práticas e altamente eficientes: Uma nova forma de utilizar estes materiais está sendo desenvolvida na Universidade de Pensilvania, pelo doutorando Robert D. Cameron e o professor de horticultura Robert D. Berghage, e foi apresentada em Havana, Cuba, no Congresso de Agricultura Orgânica e Sustentável.

Preocupados com o esgotamento rápido da água potável em nosso planeta, Cameron e Berghage buscaram novas alternativas para purificar a água residual. Usando materiais descartados e uma combinação de plantas e colônias de bactérias, colocados dentro de tubos verticais, eles puderam purificar a água suja da máquina de lavar roupa, tornando-a apropriada ao cultivo de hortaliças.

É um projeto que requer muito menos espaço e é muito mais eficiente na remoção de contaminantes. Mais de 90 por cento dos poluentes da água foram removidos em três dias, e a água tratada apresentou baixos níveis de sólidos em suspensão e níveis não detectáveis da bactéria Escherichia coli.
O sistema de tratamento de água consiste em dois tubos plásticos corrugados, de aproximadamente dois metros de comprimento por 30 cm de diâmetro, colocados na posição vertical, com separação de cerca de 90 cm entre eles, em uma base contendo 30 cm de terra e calcário moído.

Na base dos tubos plantaram papiros e rabo de cavalo – conhecida também como cavalinha. As duas fossas condutoras foram preenchidas com camadas alternadas de rochas porosas, esterco compostado de gado, turfa, pneus triturados, cerâmica e calcário moído.

Um dado interessante é que plantaram hortaliças e plantas ornamentais – tomates, pimentões, alecrim, manjericão e orquídeas – em buracos perfurados ao longo do comprimento dos tubos. Foram bombeados aproximadamente 170 litros de águas residuais provenientes de uma máquina de lavar no topo dos dois tubos. Não apenas a malha apertada – criada pela terra, cascalho e raízes – filtrou os poluentes, como as colônias de bactérias entre as raízes comeram a matéria orgânica dissolvida.
Pode-se usar também camadas de sucatas de ferro, ou de argila, para armazenar o fósforo.

Os poluentes não metabolizados são armazenados na mistura e podem ser removidos do sistema quando se substitui periodicamente as plantas.
As análises químicas da água tratada mostraram uma redução de nitritos de mais de 90 por cento – de 24 partes por milhão para apenas 1,9 partes por milhão.

O sistema também é eficaz para a filtragem de boro. Apesar de o boro ser um micronutriente necessário para as plantas, ele é tóxico em altos níveis e pode acumular-se no chão. Segundo os resultados da pesquisa, uma amostra de água suja apresentava níveis de boro de 702 partes por milhão. Depois de três dias de tratamento, a água coletada na base das tubulações tinha apenas 58 partes por milhão – uma redução de 92 por cento. Outros poluentes foram reduzidos de forma semelhante, no período de dois a três dias.
Iniciativas como esta provam que o ser humano, quando premido por uma necessidade, é capaz de encontrar soluções simples que resolvam seus problemas de sobrevivência.

Regina Motta– contato@paisagismodigital.com.br responsável pelo site de divulgação de produtos e profissionais ligados ao Paisagismo, Jardinagem e Meio Ambiente http://www.paisagismodigital.com.br é membro associado do Grupo de Estudos de Comércio Exterior do Unifieo – Geceu.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

MATÉRIA: Entrada de dólares está forte no Brasil no início do ano

Entrada de dólares está forte no Brasil no início do ano

Data: 31/03/2011
Duração do vídeo:  2:38 min

Carlos Alberto Sardenberg afirmou que o Brasil está com entrada excessiva de dólares. O país também teve um aumento em investimento estrangeiro, por causa de eventos, como a Copa e as Olimpíadas, fazendo o dólar ficar baixo.

Veja a matéria na íntegra: clique aqui

Dólar continua barato, apesar dos esforços do governo brasileiro

Data: 31/03/2011
Duração do vídeo:  1:40 min

O dólar fechou a R$ 1,631, leve alta depois da atuação do Banco Central. O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que pode tomar novas medidas. Recentemente, o governo aumentou o IOF sobre empréstimos bancários no exterior, ainda sem resultado.

Veja a matéria na íntegra: clique aqui

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Contribuição: Carolina Sgalla e Rodrigo Mancilha - alunos do primeiro semestre de Comércio Exterior do Unifieo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Artigo: Presidente da CNI defende "medidas urgentes" para conter dólar

BRENO COSTA
DE BRASÍLIA

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, cobrou nesta sexta-feira "medidas urgentes" para conter o derretimento do valor do dólar. Ontem, a moeda americana fechou cotado em R$ 1,63, o menor valor desde 2008. Hoje, o dólar já entrou na casa dos R$ 1,61.

"A taxa é um problema que o governo brasileiro pode resolver a curto prazo, com medidas eficientes, principalmente de tributação sobre a entrada de recursos financeiros para aplicação no mercado financeiro no Brasil, mas também coibindo de entradas de recursos especulativos. Isso o governo pode fazer, pode criar limitações à entrada desse capital, pode criar tributação, quarentena", disse Andrade, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
"Mas nós temos urgência nessas medidas. Nós precisamos que essas medidas sejam aplicadas de maneira urgente. O dólar a R$ 1,62 só incentiva a compra de produtos no exterior."
Segundo o presidente da CNI, a conversa de pouco mais de uma hora com Dilma foi focada na missão empresarial que acompanhará Dilma na viagem à China na próxima semana, composta por 212 empresários brasileiros, e na parceria da CNI com o governo federal no Pronatec, programa a ser lançado pelo governo federal para garantir bolsas a alunos pobres no ensino técnico.
No entanto, em relação às medidas para conter o câmbio, Robson Andrade relatou que a presidente concorda com a necessidade de uma ação "rápida e eficiente" da área econômica do governo.
"Ela concorda plenamente com essa agenda, acha que nós temos que agir de maneira rápida, eficiente", disse.
Andrade também sugeriu a Dilma a adoção de mecanismos de defesa comercial, como a adoção do que ele chamou de "barreiras técnicas" em relação à entrada de determinados produtos no país.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/896997-presidente-da-cni-defende-medidas-urgentes-para-conter-dolar.shtml