sexta-feira, 15 de abril de 2011

Artigo: Dólar cai de novo e já se desvaloriza mais de 5% no ano


Dólar cai de novo e já se desvaloriza mais de 5% no ano


cotação do dólar comercial fechou esta quinta-feira (14) em queda de 0,69%, a R$ 1,58 na venda. Só em abril, a desvalorização da moeda americana já é de 3,13%. No ano, a perda acumulada no câmbio é de 5,16%.
A queda foi influenciada pela expectativa de entrada de recursos e pela tendência internacional de queda da moeda norte-americana.
A baixa do dólar no mercado global continuou a ser orientada pela divergência de política monetária entre os Estados Unidos e a Europa. Enquanto o Federal Reserve mantém o discurso de que estimulará a economia com compras de bônus até junho, o Banco Central Europeu (BCE) já começou a subir juros.

Investidores esperam entrada de dólares no Brasil

No Brasil, o fluxo de entrada de capitais foi outro ingrediente para a queda do dólar. Após um início de mês equilibrado, com a saída líquida de US$ 14 milhões até o dia 8, operadores relataram ter crescido a expectativa por um  incremento na oferta de recursos.

Entre os exemplos recentes de operações financeiras que atraem dólares para o Brasil estão a emissão de um bônus de 10 anos pela Hypermarcas nesta quinta-feira, com volume equivalente a US$ 750 milhões, e a oferta pública de ações da Gerdau, concluída esta semana.

Em contraposição ao fluxo, o Banco Central conduziu dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, um de manhã e outro à tarde. É o quarto dia seguido em que o BC evita usar outros instrumentos, como leilões a termo ou swap reverso.

 

Relembre as medidas do governo para o câmbio

Na quarta-feira, o Banco Central divulgou a saída de US$ 14 milhões nos oito primeiros dis de abril. A notícia marcou uma inflexão no movimento de câmbio do país, já que nos três primeiros meses do ano, os investimentos estrangeiros diretos (IED), os empréstimos de companhias brasileiras no exterior e as operações de arbitragem com juros provocaram a entrada de mais de US$ 35 bilhões.

Em 29 de março, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a cobrança de alíquota de 6% de IOF sobre os empréstimos com prazo até 1 ano. Em 6 de abril, ele estendeu a alíquota a operações até dois anos.


Mátéria enviada por Karine Fedrigo, estudante do curso de Comércio Exterior no Unifieo.

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